A RadioTimes postou ontem um artigo com trechos dos comentários feitos por Benedict, Martin Freeman e Amanda Abbington durante a exibição de As Seis Thatchers no evento de lançamento da quarta temporada de Sherlock. Confira abaixo a tradução:
O elenco de Sherlock fala sobre gravar aquela devastadora cena final de As Seis Thatchers
Em uma das cenas finais do episódio de estreia da quarta de Sherlock exibido no dia de Ano Novo, John Watson abraça sua esposa Mary enquanto ela morre e sussurra suas comoventes últimas palavras para ele.
É um momento de partir o coração, intensificado decuplicadamente pelo fato dos dois atores no centro dele – Martin Freeman e Amanda Abbington – terem sido companheiros na vida real.
Então, como o elenco lidou com o confronto emocional no aquário? De acordo com o roteirista do episódio, Mark Gatiss, uma estratégia foi passar o dia da gravação inventando curiosidades sobre os tubarões que estavam nadando em volta deles, como ”tubarões não comem feijões” e ”tubarões não sabem soletrar”.
Mas, pelo resto do tempo, parece que eles se concentraram na profundidade de emoção da cena – e em não estragá-la.
Gatiss disse que Freeman ”quebrou o microfone” com o lamento gutural feito por seu personagem quando ele se dá conta de que Mary morreu. Freeman disse que ele improvisou o uivo de angústia na hora.
”Foi tudo ideia minha, baby”, Freeman revelou no Q&A depois da exibição do episódio. ”É difícil. Você meio que está sempre – Eu estou – sempre correndo o risco de atuar mal. Você chega a um ponto onde você pode ser pego atuando mal, especialmente onde é sua esposa na TV e quem nós somos na vida real. Você precisa fazer justiça à cena, obviamente, mas exagerar é muito fácil. É uma linha fina de se caminhar. E…atuar que a Amanda acabou de ser baleada. É bem difícil. É bem difícil mesmo sabendo que está por vir na agenda. É bem difícil”.
Benedict Cumberbatch brincou que foi ”moleza”, antes de acrescentar: ”Foi emocional. Nós levamos o baque que, com sorte, a audiência leva quando assiste a ela, quando lemos o roteiro pela primeira vez. Então sempre esteve como um momento na agenda, e foi mesmo. Foi um grande momento”.
”Três se tornaram dois, e então esta parte incrivelmente importante de quem o Sherlock é termina do nada, do jeito mais violento imaginável. E uma mulher e uma esposa e uma amiga querida e brilhante, e você descobre mais sobre ela na mesma hora em que você a perde. Foi um grande momento de derrubar uma pessoa da beira de um penhasco logo quando você está mais apaixonado por ela. Foi uma cena muito inquietante”.
Mas foi Abbington que pareceu ter mais gostado de gravar a cena, apesar de estar de saída.
”Foi bom. Foi trabalhada de um jeito sensível. Foi legal trabalhar com esses caras. É sempre legal quando tudo que você recebe do script é que você será baleada, que você diz essas últimas coisas, e foi um sonho como atriz, porque você pode ser completamente autoindulgente, você pode se jogar na coisa. Eu provavelmente fiz isso um pouco. Não importa, importa? Foi bom. Foi divertido. Eu estava ansiosa por isso. Eu tive a chance de exagerar na minha atuação”.
Tradução: Gi | Fonte