Em comemoração ao lançamento do DVD e do Blu-ray de Doutor Estranho, o site We Make Movies on Weekends escolheu os melhores papéis de Benedict no cinema (e um da televisão). Confira abaixo!
O Melhor de… Benedict Cumberbatch
Por Sarah Cook
Benedict Cumberbatch é muito um ícone britânico. Ele é o epítome do talento que mostramos ao mundo. Grã-fino, pateta, estranhamente bonito, legal e grandemente talentoso, Cumberbatch alcançou grandes alturas aqui e em Hollywood com todo seu trabalho. Interpretando papéis icônicos como Stephen Hawking, Sherlock Holmes e Doutor Estranho, Cumberbatch é um dos melhores atores por aí.
Para comemorar o lançamento de Doutor Estranho em DVD & Blu-Ray hoje, vamos dar uma olhada em seus maiores papéis.
Menção honrosa: 12 Anos de Escravidão (2013), O Espião que Sabia Demais (2011) e a série de filmes O Hobbit (2012-2014)
Prazer Culpado: Zoolander 2 (2016)
Um grande indicado ao Framboesa de Ouro desse ano, Zoolander 2 teve muitos detratores e foi criticamente destruída. No entanto, muitos têm um ponto fraco pela sequência ultrajante, hilária e ultimamente estúpida. Grande parte da opinião inflamada veio da representação do modelo andrógino de Cumberbatch. Tudo do qual (sim, vamos tratar do Benedict estridente de peruca na sala), não é exatamente a representação mais saudável de pessoas não-binárias. Mas, com um pouquinho de vergonha, eu me divirto muito com a performance e o filme inteiro devido a habilidade de Zoolander de zombar de… bem… tudo. Além disso, a exibição ridícula na qual o refinado e chique Cumberbatch se transformou certamente é uma memorável.
Garoto Nota 10 (2006)
Dedos nas campainhas, aqui está sua contagem até dez:
Qual filme faria uma exibição noturna ou de domingo perfeita apesar de suas falhas? Garoto Nota 10.
Certamente é um conto único, se não brilhante que gira em torno de um rapaz de Essex tentando quebrar o molde ao se juntar à equipe de Quiz da Universidade enquanto tenta equilibra duas mulheres ao mesmo tempo. Definitivamente existe um charme em Garoto Nota 10 que não oscila daquela sensação de comédia britânica espirituosa. Existe seriedade do Brian de James McAvoy e isso se traduz no filme, mantendo você assistindo. As piadas estão lá e a comédia também, particularmente uma performance quase irreconhecível mas previsivelmente de Benedict Cumberbatch como o líder geek e controlador da equipe Patrick, que tem uma cena de luta muito engraçada. Existem momentos de bom coração e o quiz que acaba por ser ridiculamente chocante.
Esta adaptação do livro de David Nicholls (em um roteiro do próprio Nicholls) ainda carrega falhas. Existe uma dependência pesada, se rasa, no sentimento que nunca é devidamente explorada porque foca demais no capricho. Mas Garoto Nota 10 ainda vai em frente e ainda tem um entusiasmo e coração suficientes para ser um cardápio agradável.
Terceira Estrela (2010)
Terceira Estrela gira em torno de James, um homem de quase trinta anos que foi diagnosticado com um câncer incurável. Às vésperas de seu aniversário, ele quer ir a uma praia isolada e comemorar com seus amigos: Davy, Miles e Bill. Logo a viagem se torna uma missão para completar uma missão final na lista de James.
Benedict Cumberbatch (afinal de contas, é por isso que estamos aqui, não?) está absolutamente esplêndido como o protagonista. Como o moribundo James, ele é capaz de voar entre seu desejo pesaroso pela vida a um desespero em aproveitar o pouco tempo que lhe resta. Enquanto ele pode parecer egoísta e egocêntrico para muitas pessoas, é totalmente razoável ele ser. Cumberbatch completa James com amabilidade, empatia e uma estranha falta de simpatia também. Ele o interpreta com esta profundidade humanística e isso é excepcional de ver — em certos pontos, de partir o coração. Isso mostra seu talento e voa entre muitos problemas que ele tem que encarar perfeitamente, de um discurso em uma praia a ser incapaz de lidar com a dor. Cumberbatch está excelente aqui e é apoiado por uma ótima equipe também.
Álbum de Família (2013)
Baseado em uma peça e, talvez, perdido na tradução à telona, Álbum de Família foi uma excelente representação de contendas familiares dentro do calor do sul dos EUA. Após a morte de um patriarca de família, uma reunião familiar revela montes de segredos sórdidos entre membros familiares distanciados. Neste filme, Cumberbatch interpretou Little Charles, um homem doce mas desajeitado e oprimido que se apaixona por sua prima Ivy. Embora o relacionamento deles seja incestuoso também há muito carinho do personagem de Cumberbatch, que é extremamente legal.
Também conseguimos ver o lado musical de Cumberbatch quando ele tilintou um piano e cantou uma canção suave. Foi uma performance doce e séria que provou que Cumberbatch poderia escapar de seus confins de Sherlock pelo qual é tão famosamente conhecido.
Além da Escuridão: Star Trek (2013)
Para aqueles que não tinham visto a série de detetive da BBC Sherlock, o primeiro grande papel de Cumberbatch foi como o principal antagonista na sequência de Star Trek, Além da Escuridão. O filme segue suas façanhas como o aclamado vilão Khan que manipula a Entreprise e a Frota Estelar aos seus caprichos aterrorizantes. Conhecido como um terrorista internacional, a representação de Khan — embora extremamente branca (Khan originalmente era um personagem do sul da Ásia) — foi completamente atraente. Benedict Cumberbatch se encaixou no papel com facilidade, ele foi capaz de transmitir Khan em diferentes facetas do personagem — chorando na deixa para ganhar as simpatias de Kirk até ser completamente malévolo em sua vingança contra a Frota Estelar. Através de cenas de luta impecáveis a monólogos distintos, o Khan de Cumberbatch só foi recentemente superado pelo perverso Krall de Idris Elba de Star Trek Sem Fronteiras.
Sinceramente, a entrega dele de “andar sobre seus cadáveres frios” é uma das coisas mais arrepiantes que saíram da boca do ator…
O Jogo da Imitação (2015)
Dando a Benedict Cumberbatch sua primeira (e certamente não última) indicação ao Oscar de Melhor Ator, O Jogo da Imitação foi um drama maravilhoso baseado na vida de Alan Turing. O matemático foi crucial em ajudar os Aliados vencer a Alemanha na Segunda Guerra Mundial mas o trabalho deles foi grandemente secreto até algumas semanas atrás. No entanto, o governo britânico se virou contra Turing quando descobriu que ele era homossexual, levando a seu doloroso suicídio.
Confiar no exuberante e talentoso Cumberbatch para dar profundidade à figura quase perdida foi um movimento inteligente, realmente. Cumberbatch captura uma ingenuidade, uma inocência e um brilho que fizeram de Turing um mestre magnífico que alcançou o impossível durante uma época em que a esperança estava diminuindo. O ator principal não atua meramente, ele retrata sublimemente e engloba cada nuance de Turing de uma maneira astuta e apaixonante. Convertendo cada dimensão, Cumberbatch está impecável e de partir o coração aqui, deixando você com arrepios.
Sherlock (2010)
Embora não seja um filme, nós dificilmente poderíamos deixar de fora o papel mais icônico dele até hoje. A adaptação moderna da brincadeira de detetive épica de Arthur Conan Doyle colocou um holofote vermelho enorme em Cumberbatch e no Watson e Martin Freeman, valendo indicação ao Emmy, Globo de Ouro e BAFTA ao redor. Trazer o amado Holmes ao século XXI foi ambicioso mas Steven Moffat e Mark Gatiss o fizeram com muita facilidade. Isso é em parte porque Cumberbatch foi fantástico no papel: inteligente e esperto mas ainda ignorante e bufão, Cumberbatch dispôs em camadas o detetive que usa chapéu de feltro com uma ressonância emotiva apesar desta persistência em ter qualquer coisa.
Devido às agendas de Cumberbatch e Freeman, a temporada quatro de Sherlock aparentemente é a última e, indiscutivelmente, provou que deveriam colocar os personagens para dormir de uma vez por todas (ela não foi muito boa). Mas os pontos altos da série incluem O Grande Jogo, Um Escândalo em Belgrávia e A Queda de Reichenbach, que permitiu que Cumberbatch entrasse em uma rivalidade mais sombria e mais séria com Moriarty (brilhantemente interpretado por Andrew Scott).
Tradução: Aline | Fonte