Ironbark acabou de fazer sua estreia mundial no Festival de Cinema de Sundance e já temos algumas primeiras impressões ao filme compartilhadas no Twitter por pessoas que estavam na plateia, incluindo críticos de cinema!
Mas, antes de mais nada, precisamos compartilhar a mensagem que o Benedict filmou para o evento, explicando por que não pôde estar lá. Ela foi exibida antes do longa:
Ele diz:
Olá! Peço imensas desculpas por não estar aí com vocês, não apenas porque eu gosto de snowboarding e de ótimos filmes e de provavelmente todo mundo que está nessa cidade no momento e eu sempre quis ir à Sundance, de verdade. É o berço de ótimos filmes e um festival fantástico e inspirador para a cultura cinematográfica no geral. Eu queria estar aí só como parte do plateia. Ainda mais neste caso, porque eu tenho um filme no qual eu atuei e produzi que está fazendo sua estreia em Sundance. Então, espero muito que vocês gostem de Ironbark, saibam que estou com vocês em pensamento. Estou do outro lado do mundo filmando The Power of the Dog com a Jane Campion na Nova Zelândia. É uma desculpa muito boa, não que eu precise de uma, porque eu estaria aí num piscar de olhos, pelas razões que mencionei. Muito obrigado a todos os envolvidos na produção do filme. Ao Ben Pugh e ao Adam Ackland, ao Ben e ao Glen da FilmNation e, claro, ao nosso corajoso líder Dominic Cooke. Espero que gostem do filme. Tchau e até o ano que vem, talvez! Tchau, tchau!
Agora, sim, vamos aos comentários!
E já temos críticas oficiais! Selecionamos trechos sem spoilers, tentando não incluir muitos detalhes da trama ou descrições de cenas, mas as críticas completas podem conter spoilers, então tomem cuidado caso decidam conferi-las.
Comecemos pela de John DeFore para o The Hollywood Reporter, a primeiríssima que saiu:
Um sólido drama de espionagem sobre pessoas comuns envolvidas com espionagem na Guerra Fria, Ironbark de Dominic Cooke é tão básico quanto seu herói da vida real.
[…] Wynne é interpretado por Benedict Cumberbatch e sua evolução é o coração do filme; na verdade, o filme também se desenvolve – começando leve no território de “Quem, eu?!” antes de tornar-se sério e, então, sombrio.
[…] Cumberbatch o interpreta como um homem que era ambivalente sobre servir seu país, mas firme no que diz respeito à lealdade pessoal.
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De Beatrice Verhoeven para o The Wrap:
[…] Talvez a maior pergunta na cabeça de todo mundo após o término do filme foi como Cumberbatch perdeu tanto peso (apenas assista ao filme, você verá o que eu quero dizer). Cooke explicou que eles pararam de filmar por três meses para que Cumberbatch pudesse perder peso – e “ele trabalhou duro” com um nutricionista para ter certeza de que era seguro.
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De David Ehrlich para o IndieWire:
Ainda que não seja tão rígido como o título pode sugerir, Ironbark de Dominic Cooke é, sem dúvidas, puro cinema para pais. Um thriller de espionagem histórica seguro, divertido e bem estofado sobre um cara comum que tropeça em seu caminho para salvar o mundo
Cumberbatch — sempre mais agradável como um homem comum do que um egoísta — entrega Wynne com uma energia “que diabos estou fazendo aqui?” divertida e ansiosa que carrega a ação até que sua história fictícia começa a desmoronar. Nenhuma suspensão de crença é exigida para acreditar que Wynne e Penkovsky se importam um com o outro, ou para aceitar a tese explicitamente declarada de que até as mudanças mais histórias acontecem duas pessoas por vez.
Crítica completa | Tradução: Aline
De Peter Debruge para a Variety:
[…] Um diretor de teatro cuja experiência se adapta bem ao cinema, Cooke mais uma vez inspira grande trabalho de seu conjunto. Cumberbatch tem um visual muito particular, um tanto arrogante que se empresta bem a papéis de epoca — e a um operatório do tipo traça como este em particular
Apesar dos conflitos em andamento com a Rússia hoje, o filme não parece terrivelmente relevante a nossa época.
Crítica completa | Tradução: Aline
De Tim Grierson para o Screen Daily:
[…] Este drama de espionagem é reforçada pela performance despojada de Benedict Cumberbatch, e há muito do suspense pungente da Guerra Fria para saborear. E ainda assim, Ironbark parece um pouco uma oportunidade perdida: A seriedade não necessariamente faz justiça ao material inerentemente absorvente.
[…] Cumberbatch articula fortemente a ansiedade de Greville sobre estar muito fora de sua profundidade com este ofício espião, enquanto Ninidze é uma presença acalmadora, embora seu presonagem perceba o quanto ele está arriscando ao trair sua terra natal.
[…] De algumas formas, o relacionamento mais atraente de Ironbark é na verdade entre Grenville e Oleg, indivídios de sociedades muito diferentes que não tinham ideia de como o laço deles seria integral em impedir a guerra nuclear.
Crítica completa | Tradução: Aline
De Benjamin Lee para o The Guardian:
[…] É um filme de combustão lenta sobre a amizade que floresce entre estes dois homens enquanto arriscam suas vidas rotineiramente pelo bem maior, e existe uma mensagem séria e bem intencionada sobre uma mudança política maior começando e uma escala menor. É um conceito oportuno mas o laço subdesenvolvido entre Greville e Alex falharam em me capturar com a força que os cineastas parecem pensar que deveria, dado onde o roteiro leva eles e nós.
[…] É mesmo um mostruário para Cumberbatch, também atuando como produtor. É reconhecidamente um papel que está seguramente dentro de seu alcance pela maior parte mas ele absolve bem, se transformando de homem comum inconsciente a herói sutil a algo muito mais angustiante no ato final. Ele nem sempre achou seu encaixe perfeito nos anos recentes mas este parece o tipo de papel que poderia potencialmente colocá-lo de volta à conversa de premiações em um filme que os votantes do Oscar comprarão, uma fatia segura e facilmente consumida de história pouco conhecida.
Crítica completa | Tradução: Aline
De Alex Billington para FirstShowing.Net:
Há um equilíbrio delicado entre humor e seriedade que, assim como em tantos ótimos filmes, ajuda a elevar este de fascinante à excepcional. O filme também é ancorado pelas melhores performances das carreiras de Cumberbatch e Ninidze. São esses dois e sua amizade e camaradagem que me fizeram chorar, provando o quão valiosa a integridade pode ser.
É extremamente satisfatório assistir a um filme interessante e engajante de forma tão impressionante como este. Eu amo a trilha sonora composta por Abel Korzeniowski, melancólica, mas tocante. Eu amo as performances de todo mundo, incluindo Rachel Brosnahan. O diretor Dominic Cooke realmente me impressionou pra caramba, tantos aspectos são lidados com cuidado e inteligência. É uma sensação boa sair de um filme tão comovido. É um lembrete que duas pessoas podem mudar o mundo, que dois amigos podem fazer a diferença.
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De Leah Greenblatt para a Entertainment Weekly:
[…] Ironbark tem o ar de muitos filmes que o antecederam (Ponte dos Espiões, O Espião que Sabia Demais) – um thriller decoroso e solidamente inteligente cuja ameaça mantém um tipo de murmúrio baixo e constante. O que o eleva é um roteiro afiado (de Tom O’Connor) e o comprometimento admirável de suas duas performances centrais.
[…] No final das contas, Ironbark pode não ser um ótimo filme, mas é um satisfatório bom filme.
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