Leia esta entrevista de Benedict para a revista Cineplex, em que ele falou de sua participação no filme Aliança do Crime e sua rotina do trabalho.
Batch mau?
É um testamento ao charme de Benedict Cumberbatch que ele seja tão amado enquanto interpreta personagens não tão amáveis. Acrescente Bill Bulger, o irmão poderoso, político da vida real do senhor do crime de Boston Whitey Bulger de Aliança do Crime à lista dos personagens questionáveis na filmografia do britânico.
Por: Bob Strauss
Alguns acham que o muito trabalhador Benedict Cumberbatch tem que clarear.
“Todos vivem dizendo, ‘Quando você vai fazer uma comédia romântica?’”, diz o astro de Sherlock ganhador do Emmy, protagonista de O Jogo da Imitação indicado ao Oscar e intérprete de tudo de um vilão de Star Trek a um dragão da Terra-Média ao herói mágico da Marvel Dr. Estranho do ano que vem, pelo telefone. “E eu digo, quando houver uma que for boa o bastante para o qual estiver disponível, mesmo. Adoraria fazer uma na verdade.”
O inglês esguio de 39 anos aparentemente tem as habilidades cômicas para fazê-lo, também, se sua resposta a uma subsequente pergunta sobre seu último lançamento, Aliança do Crime, é alguma indicação.
“Aliança do Crime é uma revolta do c*r*lho!” ele dispara de volta rapidamente. “Tem tanto romance nele, muitos abraços e esfaqueamento no pescoço um no outro. Você não consegue se mover por amor e morte.”
É claro, Cumberbatch está brincando sobre o filme biográfico descrevendo o notório senhor do crime de Boston Whitey Bulger. Johnny Depp interpreta o criminoso impiedoso, que foi o modelo para o padrinho irlandês ficcional de Jack Nicholson em Os Infiltrados, e Cumberbatch é Bill, o irmão de Bulger, um ex-senador estadual e presidente da Universidade de Massachusetts.
“Foi uma coisa incrível, e outro primeiro para mim porque eu interpretei políticos, mas não políticos americanos e certamente não um de Boston”, Cumberbatch nota. “É uma ótima, ótima história, conto de corrupção incrível e extraordinário.”
Um democrata do bairro pobre, branco e trabalhador de South Boston, Bill Bulger consolidou sua carreira política ao se opor a medidas de integração no começo dos anos 1970. Enquanto afirmava por muito tempo desconhecimento das atividades criminosas de seu irmão, que incluem acusações por 19 assassinatos, Bill eventualmente foi pressionado a deixar seu posto na universidade estadual por deixar de ajudar na busca por Whitey, que se escondeu dos federais por 16 anos até sua prisão em 2011 em Santa Monica, Califórnia. Entre outras condenações, o gângster foi considerado cúmplice em 11 dessas mortes.
“Era um relacionamento incomum”, Cumberbatch minimiza.
Ao lado de Bill e Whitey, o filme do diretor Scott Cooper (Coração Louco), adaptado do livro de não-ficção de Dick Lehr e Gerard O’Neill, tem um elenco de apoio que inclui Dakota Johnson, Joel Edgerton, Kevin Bacon, Peter Sarsgaard e Corey Stoll. Cumberbatch estava feliz em deixar os outros fazerem muito do trabalho.
“Johnny Depp estava um sonho, completamente no personagem”, ele diz da transformação de seu co-star no Bulger atarracado e calvo de olhos azuis. “Joel Edgerton [que interpreta um agente corrupto do FBI que ajuda Whitey a escapar] foi incrível. Um diretor maravilhoso… tenho certeza de que estaremos falando disso na temporada de premiações, vai ser um desses filmes.”
Enquanto ele está ficando mais e mais aclimado não só a uma agenda de atuação agitada mas também à experiência de festas de imprensa e entrevistas de temporada de premiação cada vez mais exaustiva que vêm com ser tão bom, Cumberbatch encontrou tempo no começo deste ano para casar e ter seu primeiro filho com a atriz/diretora Sophie Hunter. Esses eventos vieram muito para o desalento de seu vasto exército de fãs que, ao pedido de Cumberbatch, parecem finalmente ter parado de se chamarem daquele apelido depreciativo que pega o sobrenome do ator emprestado.
Ele também gostaria de pedir desculpas para qualquer um que simplesmente se encheu dele e sua média de seis projetos cinematográficos e televisivos por ano, sem contar aparições em premiações.
“Eu seu, eu sei, me desculpe por isso”, Cumberbatch brinca de novo. “Para mim, o ritmo de trabalho é muito peculiar, porque você meio que faz coisas e depois sai de férias, depois sai e vê os filmes dos seus amigos na noite de estreia e pensa, ‘Oh, isso é ótimo’.
“Então, de repente, tem essa avalanche de telefonemas, você está preso na frente de fotógrafos e pensa, oh, certo, eu tenho esse filme sendo lançado, depois aquele sendo lançado. Quando você pensa que se trata de você se preparando para fazer um projeto, quando está se preparando para fazer o trabalho, percebe que tem uma série de TV ou um filme ou três saindo de uma vez. Eu faço trabalho que está espalhado por mias de um ano e meio, dois ano, e têm intervalos adoráveis no meio, mas tudo isso surge ao mesmo tempo e parece sem interrupções.”
Fonte (download do PDF) | Tradução: Aline