A revista Total Film lançou uma edição especial em homenagem a J.J Abrams. O volume, que aborda todos os trabalhos do diretor, traz uma entrevista com Benedict, na qual ele fala sobre sua experiência em Além da Escuridão: Star Trek. Confira abaixo os scans da revista e a tradução da entrevista:
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Por Matthew Leyland:
Homem Engraçado
Contrariamente, Benedict Cumberbatch não teria se importado de participar de mais cenas cômicas. ”Sim, eu teria gostado de mais piadas”, diz o homem de Sherlock, fingindo desgaste. ”Mas essa é uma reclamação pequena. Há humor, mas eu não queria ser sensível demais em relação a ele. ”Sensível” parece a última palavra que alguém usaria para descrever John Harrison, um ”terrorista psicológico” e ”perfeito oposto” de Kirk que é, resumindo, ”um personagem bem incrível”.
Pinta de Batch*
Benedict Cumberbatch, o vilão do século 23, fala sobre lutar, comer demais e momentos de tensão
*brincadeira com o nome da canção Paint It Black (Pinta de Preto) dos The Rolling Stones.
Quem é John Harrison?
Ele é um terrorista psicológico. Ele é alguém que é incrivelmente motivado e tem um motivo e um propósito por trás de suas ações, apesar dessas ações serem repugnantes. Tanto ele quanto Kirk encontram um problema na estrutura de poder, mas a partir de dois ângulos políticos bem diferentes. Ele também é um tremendo guerreiro.
Vilões se divertem mais?
Em regra, sim. Mas a jornada de Chris Pine nesse filme é fenomenal. E apesar de ficar maravilhado com o que Andrew fez como Moriarty (em Sherlock), eu não diria que ele necessariamente se divertiu mais do que eu!
Você era fã de Star Trek quando criança?
Eu não era realmente fanático por nada quando criança. Mas eu conhecia todas as gerações (de Star Trek), e mais fundamentalmente, eu assisti o filme do J.J e amei. Eu fui assisti-lo sem vontade, eu acho, mas ele me surpreendeu. Eu chorei nos primeiros cinco minutos.
Você teve que se preparar rapidamente para Além da Escuridão…
Nós trabalhamos numa velocidade furiosa de fora pra dentro. Eu recebi muita ajuda do pessoal da maquiagem e figurino. Foi uma escalação tardia – só 10 dias separaram o momento o momento em que eu consegui o papel e o momento de pegar um avião para encontrar os produtores e o J.J. Foi um momento tenso.
J.J tinha assistido Sherlock?
Sim. E ele foi muito elogiante, falando coisas do tipo ”eu pensei que você poderia fazer qualquer coisa depois daquilo”. O que me deixou comovido. Então eu já comecei com o apoio dele.
Como foi seu primeiro dia de gravação?
Aterrorizante. Eu me senti como um estranho, o novato – por culpa do meu próprio medo, não por causa da minha recepção, que foi muito inclusiva. Foi bem ”Senhoras e senhores, deem as boas-vindas a BENEDICT CUMBERBATCH! UHU!”. Todo esse tipo de alarde. Que foi amor puro. Amor puro pra car**lho.
Qual foi o maior desafio?
O excesso de comida foi a parte desagradável. Mais de 4.000 calorias por dia durante quatro meses. Mas eu realmente adorei malhar. Eu treinei luta bastante. Suas (do Harrison) mãos e seu corpo são armas.
Muita luta, então?
Muita corrida também. Um quantidade absurda de corrida. Houve desafios (físicos) que eu nunca tinha feito até então. Eu lembro de uma cena em que eu fiquei esperando até às duas da manhã pra ser arrastado por um cabo pelo chão de um set à 95 km por hora.
Assustador?
Foi assustador. Mas tão emocionante. Enquanto personagem, minha reação foi ”Estou completamente no controle. Estou bem. Consigo fazer isso”. Mas como ator eu queria me levantar e falar ”Nossa, vocês viram isso?!?!” Foi como ser uma criança no parquinho.
Tradução: Gi