Continuando com as traduções das entrevistas que o Benedict concedeu duranta sua passagem pela San Diego Comic Con desse ano, estas foram feitas pelo Yahoo!, Entertainment Tonight do Canadá, Collider, Review Nation e Comicbook.com. Confira abaixo:
Yahoo!
1.
(A partir da marca 0:47) O entrevistador pergunta ”qual super-herói da Marvel seria o melhor presidente?” e Benedict responde ”Capitã Marvel. Todos nós sabemos porque estou falando isso”.
2.
Entrevistador: Doutor Estranho é o primeiro…ele obviamente se mete com feitiçaria e espiritualidade, coisas que nós não vimos sendo exploradas em filmes da Marvel.
Benedict: Com certeza
Entrevistador: O filme vai será muito diferente dos outros filmes da Marvel?
Benedict: Essa definitivamente é a intenção, você acertou em cheio. E eu acho que, no meio disso tudo, existe uma mensagem muito séria, que é a ideia de altruísmo, a ideia de como você passa por uma jornada de autodescoberta para se dar conta de que você não sabe de nada e que esse é o começo do conhecimento. Ele é abarrotado de coisas que parecem clichés forçados, mas como os melhores desses, elas são truísmos. E no meio disso você tem esse homem que vem de um mundo muito lógico e binário, onde tudo faz sentido, onde há um certo e um errado, um mais e um menos. E ele tem sua mente – e com sorte vocês também terão, já que passarão por isso com ele – totalmente explodida, aberta para as infinitas possibilidades que existem. E isso traz um enorme painel novo para o Universo Cinematográfico Marvel , o que é muito excitante.
Entertainment Tonight Canadá
Entrevistador: O Doutor!
Benedict: O Doutor chegou!
Entrevistador: Grande! Doutor!
Benedict: Eu preciso dizer isso com um sotaque americano, com sotaque britânico você se confunde, aí você pensa em cabines de telefone azuis*, mas não esse é o Doutor Stephen Strange.
Entrevistador: O quão especial é isso? Quer dizer, você deve estar ansioso esperando…
Benedict: É incrível. Essa foi a primeira vez que eu vi alguma cena do filme, sem contar que entrar naquele palco e receber aquele tipo de recepção só por dizer ”Olá!”, é totalmente esmagador, você não consegue lidar com aquilo. Especialmente como um homem inglês, mas eu acho que…em qualquer cultura, qualquer país, é simplesmente…É muito amor! É simplesmente….essa experiência toda…você vê fãs com os figurinos, você filas lá fora à noite, e eles passam o dia todo nela por causa da próxima noite. Pra entrar e ver aquele tanto, eu acho…que é muito tocante. Toda essa devoção e amor e entusiasmo…então quando você chega lá e é atingido por tudo isso no palco…é simplesmente….é simplesmente…é maravilhoso, mas você não sabe muito bem o que fazer com isso, você só fica parado lá pensando ”O que está acontecendo!?”
Entrevistador: O que você mais quer que as pessoas vejam?
Benedict: Eu….bem…eu ainda não vi o filme todo, então estou como eles, eu quero ver o filme todo.
Entrevistador: Você não viu?
Benedict: Não, não, Deus, não. Nós ainda estamos trabalhando, temos algumas refilmagens para fazer e muitas coisas de pós-produção, ADR, esse tipo de coisa. Então ainda há muito trabalho a ser feito. E, sabe, eu estou tentado. Mesmo eu tendo sentado tão perto da tela, quer dizer, eu sei como as pessoas comentam o quanto meu rosto é esquisito e como os meus olhos são separados, mas literalmente, um estava aqui e o outro lá, eu não consegui manter meus olhos nos meus olhos, foi esquisito. Mas, o ponto é que…sim, você só sentou lá e assistiu, pensando ”oh meu Deus, estou lentamente me dando conta do que faço parte, e isso, novamente, é totalmente esmagador. Eu preciso superar isso, e então será trabalho de novo, e aí focarei em como podemos melhorá-lo, e continuarei a trabalhar.
Entrevistador: Fala qualquer coisa pra gente, fala a sinopse, porque as pessoas leram um pouco….
Benedict: Falar um pouco sobre o que o filme trata?
Entrevistador: Sim, sobre seu personagem, sim
Benedict: Então…ele é esse extraordinário neurocirurgião, que passa por esse acidente de carro cataclísmico, e ele é um homem que vem…do binário universo lógico que você e eu conhecemos, causas criam efeitos na sua realidade, você faz alguma coisa e recebe as consequências disso, certo? E então ele bate com o carro, porque ele tem sido arrogante, e a consequência é que suas mãos são arruinadas, e então suas ferramentas de trabalho são destruídas, e ele procura, ele procura a cura. Ele chega a um estágio tão sério de desespero, que ele acaba indo para um lugar, por sugestão de alguém que teve uma lesão espinhal curada miraculosamente, então ele vai pra esse lugar tentar conseguir uma cura para suas mãos, e descobre que suas mãos estão bem. Não no nosso mundo, mas nesse outro mundo. Então essas realidades, essas dimensões são abertas. Então tanto ele, quanto a audiência, quanto o Universo Cinematográfico Marvel meio que são explodidos para outras dimensões, e através disso ele aprende as artes místicas e se torna seu título completamente. Então…sim…é um enorme arco de personagem que se desenvolve. Olá!
Entrevistador: Eu ia dizer que Tom também está na família Marvel
Benedict: Tom?
Entrevistador: Eu sei que vocês dois são bons amigos
Benedict: Hi-Hi-Hiddlebum*? Ou você quer dizer o Tom Homem-Aranha? Há tantos Toms agora!
Entrevistador: De qual deles você é mais próximo?
Benedict: Conheço o Hiddlebum há mais tempo
Mas o Holland eu adoro, ele é ótimo, ele é ótimo
Entrevistador: Vocês acha que vocês dois terão que se enfrentar? Você nunca sabe o que vai acontecer quando você está na família Marvel
Benedict: Homem-Aranha e Estranho?
Entrevistador: Nunca se sabe
Benedict: Não se sabe, não se sabe
E também, família é complicado, todos nós sabemos.
Então qualquer coisa pode acontecer.
Entrevistador: Ok, legal, muito obrigado
Benedict: Prazer te conhecer
*Hiddlebum é uma mistura do sobrenome do Tom Hiddleston com a palavra ”bum”, que significa bumbum em inglês.
Collider
O entrevistador começa lembrando Benedict do dia em que eles estavam no telhado da Bad Robot, quando Benedict estava promovendo Além da Escuridão: Star Trek, e um grupo de jornalistas o abordou e perguntou se ele conhecia o Doutor Estranho. Benedict então se lembra sim da conversa e de que eles falaram ”você seria perfeito para o papel” e comenta que ”basicamente esses caras fizeram minha campanha para o papel. Eu te devo uma cerveja, esqueci de falar isso!”. Ele diz que também lembra de ter pensado ”não faço ideia de quem seja Doutor Estranho, o que não é uma revelação, isso é apenas eu sendo completamente honesto, eu sou a primeira pessoa a levantar a mão e humildemente admitir que eu não sou, nunca fui, um obsessivo….eu não tenho conhecimento profundo de nada, pra falar a verdade, infelizmente, e certamente não de quadrinhos. Quero dizer, eu cresci com alguns, os mais conhecidos – Homem-Aranha, Batman, e o Super -Homem era muito popular, Christopher Reeve é meu herói, isso deixa claro a minha idade, deus o abençoe, que sua alma descanse em paz – mas, de qualquer forma, o que quero dizer é que eu não conhecia esse personagem, então eu perguntei para pessoas que leem quadrinhos, e elas só ‘meu deus, essa é uma ótima ideia’. Então eu fui procurar e pensei ‘isso é meio louco, esse cara é realmente arrogante. Ahhhhhhh, entendi, entendi, eles acham que eu seria bom por causa de Sherlock”’. O entrevistador então fala que ele ”tinha o visual, o visual, sabe o que quero dizer? Era tudo”. Benedict então fala que entende e que alguns anos depois o abordaram sobre o personagem e que ele disse ”Parece incrível, parece interessante, porque algumas pessoas falaram sobre isso comigo há uns 3 anos”, só que na época ele não podia aceitar o papel, porque não se encaixava com as datas de outros projetos que ele tinha que fazer, e a oportunidade passou. Mas aí ele diz que eles voltaram e disseram ”Nós realmente queremos fazer isso funcionar. E se nós o fizéssemos depois de Hamlet ou em algum tempo livre entre suas obrigações com Sherlock?”, e que então ele aceitou, e que ele já tinha conhecido Scott (Derrickson, diretor do filme), e que foi assim que tudo começou.
Então o entrevistador pergunta o que no filme Benedict acha que vai surpreender as pessoas, e Benedict responde ”o quanto ele sofre e o quão extraordinária é a vontade dele. Essa é sua principal característica de super-herói. O cara é meio que invencivelmente teimoso. Ele não desiste. E isso é ótimo, porque você vê esse personagem passar por tanta coisa, de verdade, ele não para de ser punido, começando com o acidente de carro, espero não estar dando spoilers, não estou, né?”. Ele então continua ”E no que ele deve se transformar…e o quão rápido ele é testado na nova arena onde ele se torna essa outra pessoa, é tão violento, tão repentino, tão contínuo; psicologicamente brutal, assim como muito, muito brutal fisicamente. É um enorme arco de personagem. Então eu acho que isso, isso poderá surpreender as pessoas. Demora um tempo até nós termos momentos heroicos, como aquele da capa que vemos no trailer. Há muito trabalho antes daquele momento acontecer. E isso é excitante de interpretar como ator, ver essa transição entre meio, começo e fim. É legal”. O entrevistador então agradece Benedict e Benedict fala que foi um prazer falar com ele, como sempre. O entrevistador termina dizendo que fica feliz por Benedict lembrar daquela conversa e Benedict fala ”eu lembro, eu lembro!”.
Review Nation
Benedict: Eu acho que sim, sim. Eu acho que ele é o outro lado da mesma moeda, de certa forma. Mas eu também acho que o que está em jogo nessa temporada é uma coisa ainda mais rápida, ainda maior. Você sempre pensa que Sherlock encontrou seu adversário perfeito em Moriarty, mas eu acho…ele foi derrotado por Magnussen, ele teve que ser assassinado. Isso pra mim não é uma vitória, isso é uma derrota, usar forças letais é uma derrota, então…não sei, ele conseguiu lidar com Moriarty até agora, então…teremos que esperar pra ver, mas é uma coisa ótima com a qual interpretar, é uma ótima rivalidade, e….sim. Eu acho que todo vilão que aparece em todo episódio é igualmente desafiador, então…sim e não, sim e não. Eu acho que há perfeição na ideia de jogo de todo episódio, mas é ótimo ter aquela força. Moriarty é tão pequeno nos livros, ele é muito maior na nossa versão. Andrew é simplesmente sublime o interpretando, então a chance de ter mais com Moriarty, como eu chamo isso, é sempre uma coisa boa.
Comicbook.com
1.Sobre Sherlock
Benedict: A imprudência imoral, você quer dizer
Entrevistador: Exatamente
Benedict: Que é tudo voltado para resultados, ao invés do método
Entrevistador: Certo
E sabe, quando nos vimos diante daquele cliffhanger no final da temporada passada, o que os fãs podem esperar…
Benedict: Nós fizemos uma coisa bem sombria, quer dizer, ele foi derrotado. Alguém que recorre àquele tipo de violência, violência letal, é um derrotado, na minha opinião. Então….ele encontrou um símile do qual ele não conseguiu ser melhor. E eu acho que isso o coloca numa posição muito, muito difícil e quando ele sair dela, vocês saberão, mas teremos que esperar para ver. Ele sai dessa?Ele volta no tempo para um era anterior àquilo? Quem sabe?! Essa é difícil, porque obviamente você tem que lidar com as expectativas, como eu estava dizendo no painel agorinha, ao mesmo tempo…eu quero compartilhar as alegrias do que isso (a série) está reservando para os fãs, mas, pra ser honesto….quero dizer, como eu disse..é tão irritante, porque você só pode falar em termos genéricos….É muito sombria. Tem a mesma veia do humor característico, os relacionamentos são fortes, profundos e são realmente complexados pelo que acontece, mas eles ainda sabe….É rápida, é engraçada, tem muita ação, muitas reviravoltas, e é tudo que Sherlock tem sido, mas desenvolvido para um nível muito excitante.
Entrevistador: Uma das melhores coisas é o relacionamento que Sherlock e Watson têm. É um vínculo tão forte, eu só consigo imaginar que o relacionamento que você e Martin têm fora das telas seja similar.
Benedict: É bem legal. Nós trabalhamos muito duro e, sabe, eu o adoro, ele é um dos homens mais engraçados do planeta. Ele é tão rápido, e, sabe, nós dois realmente, realmente amamos a série. Então é sempre divertido reunir a banda de novo, e nós nos divertimos muito fazendo a série, e essa temporada não é uma exceção…é até mais, de certa forma, por que eu acho que pelo que eles passam como personagens…. tem sido uma alegria para nós dois como atores. Nós sempre temos um momento em que nós lemos o roteiro e ligamos um para o outro, ou se estamos no meio…por que geralmente nós estamos no meio das gravações de um episódio quando recebemos o próximo, já bem tarde, Steven e Mark….todas aquelas fala para decorar…mas enfim, nós temos um momento, um momento comunal entre dois em que nós ficamos ”oh meu Deus, isso é tão excitante! temos tanta sorte por fazer isso!”. É, nos divertimos muito, nos divertimos muito.
Entrevistador: Uma última pergunta pra você, aproveitando o embalo da sua resposta: Falta quanto tempo para vermos você e Martin compartilhando a tela por causa de um filme da Marvel?
Benedict: Oh, essa é uma boa pergunta.Eu não sei, seria possível, eu acho. Quer dizer, o diagrama de Venn do Universo Marvel une pessoas de todos os tipos de lugares. Quem sabe, quem sabe. Eu não! Eu não sei.
Entrevistador: Incrível, eu realmente agradeço
Benedict: Obrigado, bom te ver, te cuida
2. Sobre Doutor Estranho
Benedict: Qual é o seu nome?
Entrevistador: Chamam-me de BD, Brandon Davis, me chame do que quiser, tanto faz, cara, você é o Doutor Estranho, você é o cara, vamos falar disso
Benedict: Okay
Entrevistador: Esse filme, cara, ele parece tão doido, parece tão único, parece que a Marvel continua fazendo alguma coisa diferente com cada filme
Benedict: Eles fazem
Entrevistador: Como você diria que esse filme, visuais à parte, cria toda uma nova vibe no Universo Cinematográfico Marvel?
Benedict: Eu acho que, além de como as diferenças são representadas, como você disse, além dos visuais, o que realmente se abre nesse filme….são literalmente outras dimensões, em vários, vários níveis. Você tem…o painel é explodido nesse filme e, obviamente, isso então é parte do que acontece na história mais ampla, na metanarrativa do Universo de Quadrinhos da Marvel como um todo, em Vingadores, e além dele, então…é uma jornada e tanto com um cara que vem dessa realidade binária e causal que todos experienciamos, na qual você faz uma coisa e há uma consequência pra ela, essa coisa antiga. E…comicamente, eu acho, ele aprende que você não pode realmente controlar tudo. Ele é esse cirurgião brilhante, as mãos mais firmes na área, ele é incrivelmente arrogante por causa disso, ele sofre um acidente, suas mãos são arruinadas, ele está numa busca desesperada pela cura, ele descobre que ele tem essas…coisas que estão além do que ele pensa que precisa para se curar, o que ele precisa mesmo curar é a si mesmo, para desencadear seu potencial máximo….através de sua transformação no Feiticeiro Supremo. Quero dizer…é tão….de lá pra cá, é um enorme arco para interpretar e, sabe, de qualquer jeito, ele leva uma surra e tanto. Ele leva uma surra na cabeça, no corpo, quer dizer, ele vai parar muito, muito embaixo na história para rastejar de volta pra cima e se tornar um super-herói no final do filme. Então é…é uma alegria enorme como ator ter a chance de lidar com todos esses obstáculos e chegar a algum lugar com isso…e, sabe, nós vimos histórias de origem antes, várias vezes, e eu acho que são todas brilhantes, mas eu acho que isso que é o diferente nessa história, nos leva numa viagem saindo do que todos nós conhecemos como nossa realidade para uma coisa completamente diferente. Ele não nasceu um deus, ele não está numa situação multibilionária em que ele meio que já está controlando o mundo e transforma isso numa armadura, ele não é alguém que é picado por um alienígena ou uma aranha, ele é simplesmente….é tipo…ele meio que começa de um ponto…nem todos nós somos neurocirurgiões, mas é mais ou menos familiar, sabe? Ele toma café, ele tem uma vida amorosa, ele interage com as pessoas, ele tem um carro, sabe o que eu quero dizer? Então é bem legal.
Entrevistador: Estou muito animado, cara, não vejo a hora de vê-lo.
Benedict: Obrigado
Entrevistador: Muito obrigado por seu tempo
Benedict: Tudo bem
Tradução: Gi