Confira a tradução da matéria sobre Doutor Estranho na edição de dezembro da revista Total Film e veja os scans em nossa galeria.
TURNÊ MISTÉRIO MÁGICO
Marvel faz uma mudança radical na tentativa de combater o cansaço de super-heróis com Doutor Estranho, uma viagem mental sobrenatural e psicodélica de uma história de origem. Total Film surta com o UCM.
Quando a Total Filmbate um papo com o diretor de Doutor Estranho, Scott Derrickson, ele só tem três tomadas de efeitos visuais para ajustar antes de terminar seu trabalho no filme.
É a culminação de uma jornada que começou há mais de dois anos quando Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose) foi apontado como o diretor, o mais recente em uma longa fila de escolhas não convencionais de diretores da Marvel. Mais do que a maioria das propriedades do Universo Cinematográfico Marvel, Doutor Estranho requer uma perspectiva incomum.
É o lançamento mais experimental do estúdio desde Guardiões da Galáxia. Assim como aquele super-time, Strange não é tão familiar para o público como algumas das estrelas carros-chefe da Marvel, como Capitão América e Homem de Ferro. Também como Guardiões, ele dá um passo para fora do campo familiar de Cap e Stark para explorar um lado do UCM menos amarrado na realidade como a conhecemos. ”Não há explicação científica para algumas das coisas que você vivencia no filme’’, Derrickson ri. ”É magia, simplesmente. Eu acho que parte do que faz a magia ser mágica, e parte do atrativo, é o profundo e inexplicável mistério que ela é’’.
De acordo com Derrickson, Doutor Estranho não representa um risco ou uma aposta, mas uma recusa a fazer o filme de uma forma batida.”Por que, nessa indústria, não arriscar é falhar’’, ele diz. ”Você tem que evoluir ou morrer. Eu acho que a Marvel é esperta o bastante para entender que era a hora do filme de super-herói evoluir. A Marvel, especificamente, precisava fazer mudanças radicais. Eu acho que Guardiões da Galáxia foi uma mudança radical e, certamente, Doutor Estranho é uma mudança radical. É arriscado, porque é novo e é esquisito e é ambicioso e bizarro. Mas eu sei, como espectador, que esse é o tipo de filme de quadrinhos que eu quero ver. Eu acho que eles sentem que o público em geral também sabe. Eles não querem ver a mesma coisa de novo e de novo’’.
Enquanto o Capitão América: Guerra Civil deste ano marcou a reunião (e separação) culminante de muitos personagens que conhecemos no decorrer da franquia de 13 filmes no espaço de oito anos, Doutor Estranho é um desvio na trajetória do UCM. ”Definitivamente é um grande passo para fora de tudo aquilo, do mesmo jeito que os quadrinhos foram um grande passo para fora do UCM quando foram lançados nos anos 60’’, confirma o diretor.
”Foi uma mudança radical para o universo dos quadrinhos’’. O celebrado artista e escritor Steve Ditko criou o personagem, e sua arte alucinante deixou uma impressão indelével nos leitores, garantindo que a HQ fosse lembrada tanto por seus visuais insanos, quanto por seu personagem principal.
Dr. Stephen Strange é um feiticeiro treinado em magia e artes marciais após sua carreira de sucesso ser interrompida por um acidente. Quanto à sua aparência (cabelo grisalho e cavanhaque, túnicas farfalhadoras e capa) e poderes (projeção de energia, teletransporte), ele é uma proposta totalmente diferente da proposta de seus colegas que usam capacetes.
Para o cabeça da Marvel, Kevin Feige – que vem tentando fazer o projeto acontecer há muito anos – é o jeito ideal de expandir o escopo do UCM.
”Existe o nível cósmico para onde Thor e Guardiões e Vingadores nos levaram, mas sempre existiu um lado sobrenatural muito importante dos quadrinhos da Marvel, e nós ainda não tocamos nele pra valer’’, diz Feige.
É uma oportunidade de se desenvolver em termos de substância e estilo. ”[Os quadrinhos] trouxeram outras dimensões e trouxeram o sobrenatural e trouxeram o psicodelismo dos anos 60 e todas essas coisas visualmente ambiciosas’’, acrescenta Derrickson. ”Isso é precisamente o que eu tentei fazer com o filme’’.
Mas Doutor Estranho não parecerá completamente desconhecido, já que estará amarrado ao formato arquétipo de história de origem que dá partida em praticamente toda saga que foca em um único super-herói.
E, é claro, enquanto o nome de Stephen Strange pode não ser ainda imensamente familiar para os espectadores, o nome de Benedict Cumberbatch certamente é, embora conflitos na agenda quase o fizeram perder o papel principal. ”Houve um enorme espaço de tempo pelo qual eu não podia fazer o filme, por causa de Hamlet (no teatro) e Sherlock, que estavam prensando este projeto com bastante força’’, é como Cumberbatch recorda. ”Mas eles encontraram uma maneira e foram graciosos o bastante para mudar as datas das filmagens’’.
Durante esse tempo, outros atores foram considerados. “Nós conversamos com muitos outros atores,” diz Derrickson. “Depois de muita consideração eu voltei para Feige e disse, “Eu acho que tem que ser o Benedict,” porque simplesmente parecia um papel que era perfeitamente adequado para ele. Havia muitos outros ótimos atores interessados no papel e dispostos a fazer o filme, eu acho. Mas nenhum que eu senti que iria trazer a qualidade única que Doutor Estranho é destinado a ser no MCU.” Rumores ligaram virtualmente todo ator da A-list com idade entre 25-55 ao papel, incluindo Johnny Depp, Matthew McConaughey, Joseph Gordon-Levitt e Joaquin Phoenix. (“Eu amo o Joaquin, mas ele não é Doutor Estranho,” brinca Mads Mikkelsen quando mencionamos a ideia). “Eu também acho que é bom ser um filme para o outono,” diz Derrickson, “Acho que de alguma forma essa estação é mais adequada para o filme.”
Feige se refere ao começo de Strange como “provavelmente a melhor história de origem entre qualquer outro personagem da Marvel,” e esse arco foi algo que atraiu Cumberbatch. “Ele parece ser arrogante ao ponto de ser antipático,” diz o britânico de 40 anos, “mas ainda assim, de alguma forma, você ainda gosta dele. Ele tem uma boa dose de charme. Há um senso de perda ou frieza nele no começo do filme. Você o vê como uma figura solitária no começo e no final do filme. Mas no final ele é um super-herói, e nós sabemos que essa é uma tarefa bastante pesada e geralmente solitária.”
Strange começa o filme como um neurocirurgião vaidoso, mais movido pelas suas conquistas na carreira do que pelo seu dever de cuidar. Nesse estágio da história, ele compartilha certos traços com outro personagem popular do MCU. “No começo do filme ele tem um charme meio de Tony Stark em relação ao fato de que ele sabe o idiota que ele está sendo,” sorri Cumberbatch. “Mas ele não se intimida por isso, então você meio que admira ele por isso.”
Um acidente de carro danifica os nervos das mãos de Strange, terminando sua carreira médica. Isso o leva a um caminho até a Anciã (Tilda Swinton), uma mística que irá ensiná-lo a se livrar de seu ego egoísta e libertar poderes até agora inexplorados: controle de energia, acesso a dimensões alternativas, cruzamento entre o tempo e espaço. “Acho que ter um super-herói que começa sendo complexo e não imediatamente simpático é corajoso porque desafia o público a se resguardar um pouco,” diz Cumberbatch. “Eu pessoalmente nunca gostei daquele tipo de generalização de personagens que são heróis todo o tempo, do começo ao fim. Me dê inquietação em vez de fofura em qualquer dia!”
Mantendo a tendência de evitar a norma em Doutor Estranho, seu interesse amoroso se dá quase ao contrário. Rachel McAdams é a Doutora Christine Palmer, um personagem adaptado dos quadrinhos (com fusão de outros personagens para a versão do cinema). Ela é uma colega de Strange, e eles tem uma história. “Eles são ex-namorados quando nós começamos a história,” explica McAdams. “Então nós começamos no final do relacionamento deles, o que é um pouco diferente. Não é uma história de amor clássica, o que achei que foi muito inteligente.”
A jornada de Strange o leva de hospitais brilhantes do ocidente às montanhas cercando Catmandu, no Nepal. (Parte do motivo por que Catmandu foi escolhida, Derrickson diz, era para dar à área um impulso turístico após o terremoto de 2015.) O lado espiritual do arco do personagem foi algo com o qual Cumberbatch poderia se relacionar de perto, tendo ensinado inglês a um monastério budista tibetano perto de Daejeeling há alguns 20 anos, durante um ano sabático. “Minha mente como um [jovem] de 19 anos foi escancarada por tudo aquilo, então esse material imediatamente fez sentido para mim”, ele diz. É no Nepal que ele encontra o Barão Karl Mordo (interpretado por Chiwetel Ejiofor), super vilão direto que ocupa um papel de aliado mais ambíguo como um colega praticante das artes místicas no filme. “É um pouco uma nova visão”, Derrickson nota. “Chiwetel é muito bom em interpretar esses tipos de personagens que têm muito subtexto e pensamentos e sentimentos escondidos. Isso é muito adequado para ele como um ator e esse é o tipo de personagem que Mordo é.”
Quando encontramos Ejiofor no Covent garden Hotel em Londres, ele trocou as togas de Mordo por uma opção distintamente mais elegante e casual de um jumper e jeans azul-escuro. “Nos quadrinhos, [Mordo] é bem diereto”, ele diz, braços cruzados. “Ele é bastante bidimensional. Então eu achei que fosse bastante interessante tentar complicar alguém e complicar uma psicologia.” Ejiofor e Cumberbatch se conhecem por anos, e anteriormente trabalharam juntos no vencedor do Oscar 12 Anos de Escravidão. “Eu não sei se é exatamente assim que ele é na personalidade [na vida real], mas certamente todos os personagens que ele interpreta parecem ter uma persona muito questionadora, procurando algum outro significado para tudo, além do que está na frente deles”, diz Ejiofor de seu co-astro. “Eu acho que é isso o que o faz divertido e interessante de assistir porque você tenta mesmo ler em todas as motivações e a psicologia dele. Eu não sei o quanto disso é intencional”, ele ri.
Cumberbatch não é o único Benedict com quem Ejiofor divide cenas em Doutor Estranho, já que ele também se reúne com o colega britânico Benedict Wong. “Estávamos fazendo Perdido em Marte, ri Ejiofor. “Então nós aparecemos no set e dissemos, ‘Olá de novo, companheiro. Como vai? Onde você está agora? Montanhas do Nepal? Ótimo.'” Wong interpreta, erm, Wong, um místico que vigia a biblioteca de Kamar-Taj, onde os magos são treinados. Ao contrário do ‘servo’ estereotipado dos quadrinhos, a versão moderna do personagem o encontra no modo sargento instrutor. Wong não era familiar com os quadrinhos, “mas ao fazer minha pesquisa e ver que havia um personagem chamado Wong, havia um chamado familiar de que eu tinha que fazer isso por meus ancestrais”, ele diz sem emoção. “Se estou pensando certo eu interpreto um dos primeiros personagens asiáticos [no UMC]. Então, fiquei absolutamente eufórico. Tem estado na minha lista de afazeres estar em um filme da Marvel e agora estou tirando dela, orgulhosamente.”
Supervisionando tudo em Kamar-Taj está O Ancião, interpretado nos quadrinhos como um homem tibetano, mas reescalado como uma mulher céltica no filme (e interpretado por uma Tilda Swinton de cabeça brilhante). A mudança na raça atraiu alguma controvérsia. Derrickson admite que é um papel com um qual eles inicialmente lutaram. “Só foi quando viemos com a ideia de Tilda e o escrevemos para Tilda que começou a fazer sentido”, ele explica. “Acho que são duas coisas. Uma delas é contar com o antiquado estereótipo asiático mágico — o estereótipo Fu Manchu — e o quão pouco disso é realmente útil em termos de trazer à vida um personagem moderno de filme. Mas também tentar pensar, ‘Certo, mas este personagem precisa ser um mentor mágico e místico das artes marciais ao Doutor Estranho, então como fazemos isso de um jeito que não seja estereotipado e que ainda possa trazer diversidade ao filme?'” depois de mudar a raça desse personagem, Wong foi trazido ao filme para equilíbrio (o personagem foi extirpado nos primeiros esboços). Quanto ao que faz de Swinton o encaixe perfeito para O Ancião, Derrickson explica que ela tem “vulnerabilidade e autoridade e mistério, e apenas um ar enigmático a ela que faz você acreditar que ela conhece a magia.”
Enquanto a combinação de Mordo, Wong e A Anciã dá a Strange um esquadrão considerável, a vilania do filme vem na forma de Mads Mikkelsen, como Kaecilius, outro aluno da Anciã. Quanto a como e por que ele deixa o rebanho, todos estão mantendo o silêncio por enquanto. “Bem, eu posso dizer que ele se chama Kaecilius”, Mikkelsen nos conta. “Posso dizer que ele está em Kamar-Taj, o que significa que ele é… ele é um dos… ah, isso pode até ser demais.” Descrevendo o personagem como “ambíguo”, Mikkelsen pelo menos reconhece que ele é o grande malvado da peça. “É justo chamá-lo de vilão, obviamente, porque ele está em oposição ao Doutor Estranho”, ele continua. “Tendo dito isso, como com todos os bons vilões, ele não é louco, e o caso dele faz muito sentido.” Tente fazer Mikkelsen falar sobre os poderes que seu personagem tem, e ele sugere com uma risada, “Vamos falar da minha infância.”
Se a metragem vista até agora é alguma indicação, o plano malvado dele envolve enrolar Nova York como um mapa em tamanho real e fazer caleidoscópios nas ruas. Apesar de estar povoado de atores de personagem e misticismo, Doutor Estranho ainda será muito um grande blockbuster na tradição da Marvel. Derrickson descreve a arte de Steve Ditko como “principal” para a inspiração por trás dos visuais do filme. “Qualquer um que realmente conheça o trabalho de Ditko nos primeiros quadrinhos do Estranho vai deixar o cinema sabendo que essa foi a influência primária no aspecto visual do filme.” Em termos de filme, Derrickson aponta para Matrix e A Origem (“dois dos filmes mais atraentes e ambiciosos talvez dos últimos 25 anos”) como influências. “Eu senti que eles dois estavam na ponta de um iceberg de efeitos especiais muito interessante”, ele diz. “E eu queria escavar mais profundamente esse iceberg de um jeito mias psicodélico, e fazer alguma coisa que as plateias ainda não viram.” Derrickson expressa surpresa que nenhum outro filme tenha tentado se construir sobre os visuais de A Origem desde que estreou a seis anos, e espera que o estilo da ação colossal de Doutor Estranho ajude a separá-lo do pacote. “O que eu gostei [em A Origem] especificamente foi que ele estava usando efeitos visuais de blockbuster de grande orçamento para fazer alguma coisa além de destruir”, ele explica. “Foi mais do que destruição em massa. Eu, pelo menos, fiquei cansado de filmes blockbuster cheios de apenas explosões enormes e destruição e tiroteio. Eu queria muito que Doutor Estranho fosse um filme que utilizasse efeitos e magia de cinema para fazer outra coisa.”
Todo o alucinante (e com paisagens urbanas) visual do filme, foi estabelecido no mundo real o tanto quanto possível, desde as locações de filmagem no Nepal e em Nova York até sets elaborados construídos para o interior dos templos e a toca de Strange, o Sanctum Sanctorum (N/T: Santo dos Santos, em latim).
“Vai ser um filme surpreendentemente lindo bem como um festival impressionante de efeitos visuais,” Cumberbatch se orgulha. “Isso é graças a extraordinária construção desses lindos sets e de tudo que está neles. Além disso, o departamento de adereços fez e manteve alguns lindos objetos que são trabalhos de arte sozinhos e inspiradores para atuar [com eles].” Para o ator, a locação das filmagens ajudou a estabelecer alguns dos elementos do filme que são mais esquisitos . “Um monte desse filme se beneficiou disso,” ele diz. “A missão do Scott Derrickson foi dar o máximo possível de mundo real, ações reais, para que tudo nessa história que é tão fantástico sobre essa história possa ter ainda uma base na realidade.” Ação do mundo real significa que Cumberbatch – que se tornou pai pela primeira vez ano passado – precisava ficar na forma de super herói ao invés de um dublê gerado por imagens de computador.
“Em filmes que eu fiz antes, tinha alguns elementos de ação, mas estar na frente e no centro interpretando a personagem principal, o tanto de ação nisso é novo pra mim,” ele diz. O papel exigiu um nível de treinamento além de qualquer coisa que ele experimentou anteriormente. “Eu comecei a treinar pra esse filme, não apenas para ficar maior para preencher o uniforme – assim dizendo – de ser esse super herói, mas também por causa da resistência, para ficar hábil para levar porradas, hábil para fazer múltiplas tomadas de cenas de briga ao longo de cinco dias e fazer uma sequência de ação no final do filme. Você tem que ter uma grande força interior. Você tem que ser capaz de manter-se bem. O treinamento começou antes que eu interpretasse Hamlet, que me deixava em frangalhos todas as noites – três horas de exercícios cardiovasculares. Depois durante o dia eu ficava treinando pra esse filme e ensaiando pra esse filme e tomando conta de um bebê. Isso te mantém em boa forma e acordado.”
Super forma, entretanto, não é tudo e Strange é um herói do universo Marvel que tem tantas fraquezas como tem forças. Se ele estivesse por perto na época que a Guerra Civil estava começando, é difícil falar como ele ficaria perto de Vingadores já estabelecidos. Ele poderia apenas ter mandado todos eles pra outra dimensão? “Eu acho que parte do que faz o Strange um super herói interessante é que ele é mais e também menos poderoso que quase todos os super heróis,” considera Derrickson. “Mais poderoso no sentido que ele tem acesso a outras dimensões e outros poderes dimensionais e pode fazer mágica. Mas ao mesmo tempo, fisicamente, quando está utilizando esse poder, ele é só um cara. Ele é um cara sem armadura. Ele é um cara sem um uniforme de ferro. Ele é um cara sem um super corpo como o Capitão América, que pode pular de um avião dentro do oceano. Se você passar nele uma faquinha, ele vai se cortar e sangrar. Então a combinação desse poder extremo e da extrema vulnerabilidade é parte do que torna ele único.”
Enquanto Strange não tem uma armadura, ele vai juntar seu próprio e único uniforme ao longo do filme, juntando tudo enquanto seu treinamento e suas habilidades desenvolvem, eventualmente encontrando chamativa Capa de Levitação. “Parece uma composição e ele vai ficando mais e mais completo ao longo do filme,” explica Cumberbatch sobre sua fantasia. “Ele ganha cada item de roupa e cada adereço. Então tanto com a roupa quanto como a seriedade do seu rosto, os designers queriam mostrar essa progressão bem claramente. Foi muito importante pra nós poder construir a história através desses detalhes.” Mas tem outra razão pela qual a fantasia é tão importante, quando você considera que Strange vai entrar no grande universo cinemático da Marvel em algum ponto (e as fotos do set de Thor: Ragnarok sugerindo que o Deus Nórdico está indo para o endereço de Sanctum Sanctorum, mostram que não vai demorar muito até que esse solista se junte ao elenco. Kevin Feige diz: “Precisava ser icônico sozinho. Precisava ser diferente de qualquer outro Vingador porque Doutor Estranho vai provavelmente se achar um dia perto de Tony Stark, perto de Thor, perto dos outros Vingadores. Então queríamos que ele parecesse muito como parte de um time mais amplo e ao mesmo tempo completamente individualizado e separado de qualquer um.”
De alguma forma, nós achamos que ele não vai ter nenhum problema para se destacar.
Doctor Strange estreia dia 25 de outubro no Reino Unido.
QUADRO 1 — Leitura Recomendada: Scott Derrickson nos quadrinhos de Doctor Strange para revisar.“Eu faria três recomendações. A Marvel lançou um monte de quadrinhos do Doctor Strange em capa dura. O Doctor Strange #1 tem o original Strange Tales em que Strange apareceu primeiramente e onde sua história de origem foi contada pela primeira vez e depois isso para os primeiros títulos dos quadrinhos de Doutor Estranho
Tudo que foi feito por Stan Lee e Steve Ditko juntos. Essa é de longe a primeira fonte para a inspiração visual e da história do filme que nós fizemos. E eu também acho que tendo lido todos os quadrinhos de Doutor Estranho, eu acho que esses foram os melhores. Acho que eles ainda não conseguiram ser ultrapassados.
Mas tive duas graphic novels que tiveram uma influência sobre mim, as duas durante a escrita do filme e também sobre o design visual dele e foram O JURAMENTO e SHAMBALLA, que são provavelmente duas das mais lidas graphic novels visualmente. Os visuais são de verdadeiras pinturas aquarelas e são maravilhosos.
Então eu diria essas duas graphic novels e todas as coisas do Stan Lee/Steve Ditko. Se você leu tudo isso, você vai ter uma base perfeita pra ver o filme.”
Quadro 2 — Chiwetel Ejiofor Então como foi trabalhar com seu velho amigo Benedict Cumberbatch?Eu conheço o Benedict há um tempão. Ele sempre foi formidável. Ele é um ator ótimo e tem sido incrível nesses últimos anos ver ele, através de Sherlock, se transformando nesse fenômeno que ele virou, o que é incrível. Ele é um cara excepcionalmente talentoso. Ele é um bom amigo, o que eu posso falar na verdade? (risos) Ele é um cara ótimo e é muito fácil trabalhar com ele.
Tradução: Gi, Juliana, Aline e Nat.