Organizamos pra vocês todas as críticas que vimos da série até agora. Venham morrer de orgulho do Benedict conosco:
Críticas do episódio Henry VI Part 2 (segundo episódio da temporada, mas primeiro em que Benedict efetivamente aparece):
The Telegraph (deu cinco estrelas para o episódio):
”Benedict Cumberbatch é excitadamente sedutor.
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A partir do momento que o jovem Ricardo, Duque de Gloucester, de Benedict Cumberbatch é arrastado para cima do cavalo de seu pai para se juntar à insurreição Yorkiana, até o assassinato impiedoso do Henrique VI de Tom Sturridge, foi um estudo de psicopatia descontrolada desde sua fase emergente até a total eflorescência horrenda.
Foi uma excitante e – vamos lá, vamos admitir – sedutora demonstração de maldade decolando. Suas pupilas iridescentes brilhando com uma fome por poder maligna e sem remorso, Cumberbatch brilhantemente sugeriu uma figura solitária fora da rixa dinástica incorporada em sua confissão ronronada para a câmera, ‘Eu sou apenas eu mesmo’.”
The Guardian (não usa estrelas como forma de classificação)
”O melhor é a participação de Benedict Cumberbatch como o ”Ricardinho deformado”, o filho de Ricardo Plantagenet, faminto pelo trono. Cumberbatch não exagera a deformidade, sorri perigosamente e, no solilóquio, captura perfeitamente a isolação melancólica desse exemplo mor de deslocado: ‘Eu sou apenas eu mesmo’, ele nos diz.”
Críticas do episódio Richard III
The Telegraph (deu cinco estrelas para o episódio)
”E então, o ator mais famoso de sua geração finalmente teve a chance de usar ”a coroa oca”
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Todos nós estávamos esperando pela regência de Benedict Cumberbatch. Ele não desapontou. O indolente de cabelos desgrenhados que ele ofereceu na segunda parte – quando ainda havia vários membros da família entre Ricardo e o trono – era inclinado principalmente a apunhalar pessoas nas costas, e a fazer olhos esbugalhados e exagerados durante o processo. Mas Cumberbatch recebeu um corte de cabelo para Ricardo III. Ele ficou mais elegante, mais afiado, e atravessou pra dentro de sua cabeça. Falando seus monólogos para a câmera como Frank Underwood de House of Cards (Kevin Spacey realmente modelou seu Underwood com base em Ricardo), este tirano lhe fez pensar como ele mesmo enquanto você o odiava.
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Uma sequência chamou mais atenção. O anel no dedo de Ricardo fez ”tap tap tap” em seu tabuleiro de xadrez, sua batida paranoica nos levando até a Torre e até a matança de seus sobrinhos que ele ordenou, as mais terríveis entre todas as mortes terríveis em todas as peças. Os gemidos abafados de assassinato de crianças foram divididos com cenas do rosto almecegado do ator, que se transformou de agudo intento em frouxa estupefação diante de sua própria degeneração – Cumberbatch nunca tinha feito o mau melhor. Tap tap tap. Este era um Ricardo que sabia que ele nunca poderia vencer, que reconhecia o horror de deus pecados até mesmo enquanto ele não sentia remorso. Quando ele morreu na lama no final, ele era a criatura que mais detestava a si mesma, assim como a mais detestada”.
”Benedict prova ser um vilão magnífico no episódio Richard III de The Hollow Crown. A vez de Cumberbatch como o rei maquinador de Shakespeare é notável.
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Richard III leva o ciclo de The Hollow Crown da BBC até um excelente clímax. Também confirma que Benedict Cumberbatch é um ator altamente físico, assim como naturalmente Shakespeariano. Assistir a ele forçar seu caminho pra dentro de suas roupas no solilóquio de abertura me fez lembrar de sua performance magnífica como a Criatura na Frankenstein do National Theatre. No palco, nós testemunhamos o nascimento tortuoso de um monstro; aqui nós vemos Ricardo adquirir uma nova identidade enquanto ele se veste com trabalho.
Cumberbatch começa com duas grandes vantagens. O episódio anterior permitiu que ele começasse a base para a fome maníaca de Ricardo pelo trono. Assim como Olivier no filme de Ricardo III, ele também usa a câmera como um amigo do peito. Tendo cortejado a Lady Anne de Phoebe Fox – um episódio que aqui se passa numa senda na floresta – ele desabafa seus segredos para a câmera e, assim, para nós, seu áspero choque diante da maleabilidade dela.
De fato, Cumberbatch nos leva por cada estágio do progresso sistemático de Ricardo até o poder. A imagem dominante da produção é a do dedo indicador de Cumberbatch tamborilando num tabuleiro de xadrez, enquanto ele avalia como remover as peças que permanecem entre ele e a coroa. Mas é um símbolo do progresso de Shakespeare que o dramaturgo também nos permite ver dentro da alma de Ricardo: Cumberbatch está excepcionalmente bom no solilóquio da véspera da batalha, onde o personagem que poderia simplesmente ser um monstro assassino pateticamente se dá conta de que ‘não existe uma criatura que me ame’. ”
Heat UK (deu cinco estrelas para o episódio)
Nós estamos acostumados com Benedict Cumberbatch sendo ótimo, mas sua performance como Ricardo III nessa parte final da adaptação da BBC das peças históricas de Shakespeare é uma coisa realmente muito especial, e pode muito bem ser uma de suas melhores conquistas, digna de coroação (desculpa).
No começo deste episódio, Ricardo está exposto, com sua famosa corcova dolorosamente visível, e ele está prestes a se tornar um vil tirano psicopata, tramando acabar com seus rivais que estão esperando seu irmão Eduardo morrer para competir pelo trono, e com basicamente qualquer pessoa que entre no seu caminho.
No meio de toda a violência, carnificina e sanguinolência está o retrato de um homem que se torna mau e que então é atormentado pelo que fez. É um material surpreendentemente poderoso.
Tradução: Gi