A Diamond Films confirmou que ainda é a distribuidora de A Batalha das Correntes no Brasil lançando um novo trailer nacional oficial – o primeiríssimo desde 2017 – que diz que o filme chegará aqui em breve, mas sem especificar uma data. Confiram-no abaixo:
A distribuidora possui os direitos ao longa desde 2017. Em 4 de outubro daquele ano, encontramos o título brasileiro do filme e o primeiro pôster nacional em seu site. No dia 9 de outubro, foi feita a primeira divulgação oficial.
Mas, na mesma semana, jornalistas do The New York Times e da revista The New Yorker publicaram matérias desvendando anos de assédio e abuso sexuais cometidos pelo até então respeitado produtor Harvey Weinstein, um dos produtores do filme.
Benedict logo se pronunciou sobre as acusações, dizendo estar “absolutamente enojado pelas contínuas revelações das atitudes assustadoras e imperdoáveis” de Weinstein, expressando apoio às vítimas e afirmando que mudanças precisavam ser feitas por toda a indústria.
O lançamento do filme foi cancelado nos EUA. Apesar disso, a Diamond continuou fazendo sua divulgação até o final de novembro do mesmo ano, quando inclusive saiu extraoficialmente a notícia de que o filme chegaria aos cinemas brasileiros em fevereiro de 2018. Ela chegou a lançar um trailer, porém sem data de estreia (e que parece ter sido colocado em privado depois).
Então, como não poderia ser diferente, o lançamento do filme acabou sendo cancelado no mundo todo e a produtora de Weinstein, The Weinstein Company, declarou falência em março de 2018, acompanhando os processos criminais feitos contra ele.
Em abril de 2018, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, Benedict falou que:
“Se é necessário que nós não lancemos nosso filme por uns anos para nos livrar dessa toxicidade, eu não me importo”, ele diz, acrescentando que ele quer “dar um passo para trás e ficar o mais distante possível dessa influência, tanto como ator, quanto como ser humano”.
Finalmente, em abril deste ano, o Deadline Hollywood publicou a notícia de que o filme havia sido reeditado por Alfonso Gomez-Rejon e finalmente chegaria aos cinemas americanos em breve. O artigo, muito esclarecedor, traz o diretor falando sobre todas as dificuldades que enfrentou para poder poder lançar o projeto da forma que ele queria.
Hoje, após os anúncios dos lançamentos no Reino Unido, nos EUA e em vários outros países, finalmente temos a confirmação de que o longa também chegará aqui.
Agora só nos falta uma data. Assim que tivemos uma, compartilharemos com vocês!
Após muitos contratempos, finalmente as coisas parecem estar dando certo para A Batalha das Correntes (The Current War). Em entrevista para o site Deadline Hollywood, o diretor Alfonso Gomez-Rejon falou sobre o processo tortuoso de lançamento do filme, que começou bem antes do escândalo envolvendo o execrável ex-produtor Harvey Weinstein e só piorou com ele. Confiram abaixo a tradução:
Exclusivo: Marginalizado por uma versão apressada para o Festival de Cinema de Toronto semanas antes do banimento de Harvey Weinstein e da implosão da Weinstein Company, A Batalha das Correntes, de Alfonso Gomez-Rejon, tem uma nova versão e o tipo de segunda chance que a maioria dos filmes de festival prematuramente lançados nunca recebem. O arrivista 101 Studios fechou um acordo para direitos de distribuição doméstica e fará de A Batalha das Correntes seu primeiro lançamento teatral substancial, visando agosto. Esse distribuidor, que pagou por volta de US$ 3 milhões, fez um compromisso de lançamento amplo, depois que Gomez-Rejon os apresentou com um filme revisado que acrescentou cenas e ainda ficou bons dez minutos mais curto do que aquela lançada dois festivais de Toronto atrás.
O diretor teve a chance de fazer sua própria versão por causa de uma quebra inesperada de sorte: uma última permissão contratual pelo diretor executivo Martin Scorcese não tinha sido executada, o que legalmente impedia os novos donos da TWC – a Lantern Entertainment – de determinar um lançamento rápido no exterior com uma versão que o diretor não gostou. O filme estrela Benedict Cumberbatch como Thomas Edison, Michael Shannon como George Westinghouse e Nicholas Hoult como Nikola Tesla. O drama é a batalha enfurecida para iluminar a Feira Mundial de Chicago e trazer energia elétrica para a América.
Tirando uma pausa das filmagens de The Hunt – uma série dramática da Amazon sobre caçadores de nazistas que estrela Logan Lerman e Al Pacino – Gomez-Rejon disse à Deadline que ficou exultante sobre um filme que há mais de um ano o levou às profundezas do desespero por causa de uma versão apressada e longa demais que soa como se tivesse sido imposta a ele por Harvey Weinstein. Ele foi devastado por um sentimento desamparado de que tinha perdido a chance de conseguir sucesso com o tipo de narrativa você-está-lá-em-um-momento-divisor-de-átomo que impulsionou filmes como A Rede Social e O Jogo da Imitação. E depois, de repente, um conjunto de circunstâncias aparentemente impossíveis deram ao diretor sua segunda chance.
Ler maisA edição de novembro da revista da rede de cinemas canadense Cineplex traz uma entrevista com Benedict sobre A Batalha das Correntes. Confira abaixo a tradução completa da entrevista e os scans da publicação:
Faça-se a luz
Coloque seu smartphone de lado, desligue seu computador e pense por alguns minutos em uma época, há mais de um século, quando homens como Thomas Edison ainda estavam descobrindo como produzir eletricidade. Parece que as coisas não eram fáceis. Nós conversamos com a estrela de A Batalha das Correntes Benedict Cumberbatch sobre interpretar Edison e a competição que mudou o mundo.
Por Ingrid Randoja
Se Benedict Cumberbatch ia interpretar um gênio nas telas, de novo, ele prometeu que seria diferente dos outros. Sua versão do inventor americano Thomas Edison em A Batalha das Correntes não demonstra nada do heroísmo discreto que Cumberbatch levou para o gênio da computação Alan Turing em O Jogo da Imitação, ou a nobreza peculiar de sua versão de Sherlock Holmes. Seu Edison é um homem que é teimoso e, às vezes, também é mal-intencionado.
“Edison faz algumas coisas bem mesquinhas neste filme’’, diz Cumberbatch durante uma entrevista no Festival Internacional de Cinema de Toronto deste ano. “Ele quer vencer a qualquer custo, ele é obcecado’’.
Dirigido por Alfonso Gomez-Rejon (Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer), A Batalha das Correntes descreve a corrida entre Thomas Edison e George Westinghouse (Michael Shannon) para ver qual deles consegue controlar o poder da eletricidade e trazê-la para as massas primeiro.
Edison começa bem, inventando uma lâmpada de luz utilizável e, em 1892, levando eletricidade para 59 clientes que viviam num quarterão de Nova York. Entretanto, o sistema de entrega da corrente direta (CD) de Edison é caro de manter e só consegue viajar curtas distâncias.
George Westinghouse, o engenheiro e homem de negócios, apoia o sistema da corrente alternada (CA), que é mais barato e viaja uma distância muito maior. Enquanto Westinghouse começa a abrir vantagem em relação a Edison na chamada “guerra das correntes”, Edison começa a sujar o nome de Westinghouse e inclusive conluie para assegurar que a recém-inventada cadeira elétrica use o sistema alternado para fazer seu trabalho.
A nova edição de outono da revista Innovation & Tech Today traz uma matéria sobre A Batalha das Correntes (título em português para The Current War, como divulgamos nesta madrugada) que inclui uma entrevista com Benedict e Michael Shannon. Confira abaixo a tradução e os scans da publicação:
Gênio em Guerra
Os atores interpretando duas das mentes mais inventivas da história sobre como eles abordaram os papéis e esta rivalidade monumental.
Competição gera inovação. A História é cheia de rivais que, ao trabalhar um contra o outro, forçando continuamente a ser melhor, inadvertidamente contribuíram para o bem maior. Apple versus Microsoft é um exemplo assim, pavimentando o caminho para a computação como a conhecemos hoje. Existe o SpaceX de Elon Muck versus o Blue Origin de Jeff Bezos — a corrida espacial da idade moderna. No entanto, poucas rivalidades mudaram o mundo tanto quando a Guerra das Correntes. Foi uma batalha de titãs empreendedores, de CA versos CC, de George Westinghouse versus Thomas Edison.
Com as novas aplicações de eletricidade comerciais de Edison, um debate se seguiu sobre a maneira mais eficiente de distribuir energia às massas. A Edison Electric Light Company (Companhia de Luz Elétrica Edison) representou o argumento da corrente contínua de baixa voltagem (CC), enquanto a Westinghouse Electric Company (Companhia Elétrica Westinghouse) abraçou a corrente alternada de alta voltagem (CA). Enquanto as duas partes começaram a estabelecer seus geradores pelo país, a CA começou a se espalhar rapidamente já que ela capaz de atingir mais pessoas. No entanto, ela entrou sob fogo no começo de 1888 quando a companhia de Edison fez reivindicações de que a CA era perigosa. A afirmação dela foi justificada naquela primavera quando houve uma série de mortes causadas por linhas de CA de alta voltagem montadas em postes na cidade de Nova York. No fim, a CA ainda venceria em 1982 quando a Elétrica Edison se fundiu com a Thomson-Houston (formando a General Electric) e começou a trabalhar com CA. Essa é a importância da competição nos negócios. Edison tinha uma descoberta, Westinghouse e Nikola Tesla a melhoraram, e agora uma energia que uma vez era considerada religiosa pode ser controlada ao virar um interruptor.
Agora, com A Batalha das Correntes, a história desta famosa rivalidade está chegando à telona. O próprio Mago Supremo, Benedict Cumberbatch, explora o verdadeiro tipo de mágica no uso da eletricidade de Thomas Edison, enquanto o versátil Michael Shannon interpreta o homem de negócios e empreendedor George Westinghouse. Marcado para lançamento em novembro, A Batalha das Correntes explora esta famosa rivalidade dos dois titãs da eletricidade. Nós tivemos a oportunidade de discutir com Cumberbatch e Shannon os vários aspectos de seus personagens e este conflito histórico.
Ontem à tarde foi promovida a conferência de imprensa de The Current War no Festival Internacional de Cinema de Toronto. Benedict, Michael Shannon, Nicholas Hoult, o diretor do longa Alfonso Gomez-Rejon e o roteirista Michael Mitnick estiveram presentes.
Confiram abaixo a transcrição traduzida das falas do Benedict durante o evento:
Pergunta: ”Benedict, o quanto você sabia sobre a história profissional e pessoal do Thomas Edison antes de entrar no projeto?”
Muito pouco, eu fui descobrindo com o tempo. Eu realmente estava no escuro – não querendo fazer um trocadilho com a frase- mas acho que ele existia na minha mente como um tipo de acompanhante para sua invenção, a lâmpada, que eu pensava que era sua invenção, não o desenvolvimento da invenção de outra pessoa. Muito do que ele alcançou em sua vida foi uma expansão ou progressão das ideias de outras pessoas, bem como de suas próprias ideias originais e únicas que o destacaram.
Eu me senti muito atraído pela ideia de alguém que começou a vida de uma forma muito humilde, que passou por muitas dificuldades, mas que as usou em seu benefício. Sua severa…sua audição ruim. E aí a história em si me pareceu ser mais sobre alguém que escolheu, realmente escolheu, não escutar verdades. Essa é uma coisa que ele não tinha condições de reconhecer, por culpa do quão baixo ele desceu e por como isso o corrompeu. E quanto mais eu pesquisava, Michael (Mitnick) e eu, livros que li como ”Empires of Light’’ e várias biografias de Edison, mais me dava conta de que há uma recepção heterogênea. Uma compreensão e uma apreciação muito heterogêneas desse homem. Então, de certa forma, isso nos deu liberdade para contar a nossa história do jeito que ela é. Mas, sim, a resposta curta para sua pergunta é que eu sabia muito pouco no começo.
Pergunta: O quanto um ator julga o personagem que ele interpreta com base em sua própria pesquisa e como ele se liberta para fazer o personagem da forma que está escrito no roteiro?
Essa é uma pergunta muito boa. Eu acho que julgar seu personagem é uma coisa fatal. Se você está interpretando alguém, você precisa habitá-lo com uma certa quantidade de compreensão, ou empatia ou simpatia, como quiser chamá-la. E, para realizar isso, não se pode assumir lados, não é uma questão de manchetes jornalísticas ou de uma verdade pura e plena versus ficção, ou do mal contra o bem. É muito mais complexo do que isso. E eu acho que o que vemos como um homem que conquistou muitas coisas, partindo de um começo humilde, que se sente atacado no mundo, eu acho que isso nunca o deixou. Não sei onde isso começou, essa necessidade de ser bem sucedido e vencer e ter controle, mas é uma verdade feia. Mas é formada de uma coisa muito humana. Acho que há um grau de salvação, no sentido de que ele admite estar errado. Ele sabe que estava errado e não viu isso como um roubo, mas aí ele seguiu e tomou controle de muitas patentes com as quais ele estava muito envolvido. Ele queria manter a cerca muito longa, muito alta e muito forte e manter as pessoas fora de seu jardim de invenções, digamos assim, ao invés de, como propõe George Westinghouse, simplesmente trabalhar em grupo e ter um jardim maior.
Benedict está no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) para divulgar seu novo filme, The Current War, e neste domingo participou de alguns eventos promovidos no festival, em que conversou sobre o longa ao lado de Michael Shannon, Nicholas Hoult, o diretor Alfonso Gomez-Rejon e o roteirista Michael Mitnick. Nós fizemos uma cobertura dos eventos do dia pelo Twitter e pelo Facebook.
Confira abaixo fotos e vídeos dos eventos de mais um dia de festival:
The Current War fez sua première mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto ontem à noite e, durante a madrugada, as primeiras impressões e críticas oficiais dos sites especializados começaram a sair. Como mencionamos no nosso post sobre a première, os críticos parecem estar divididos em relação ao filme.
Aqueles que realmente não gostaram ou não gostaram muito do filme fizeram críticas ao roteiro e ao desenvolvimento dos personagens. Já aqueles que gostaram elogiaram o elenco (que também foi elogiado até mesmo por quem não gostou do filme), a trilha sonora e a cinematografia.
Confiram abaixo críticas oficiais negativas e positivas postadas em sites da indústria e algumas das primeiras impressões dos críticos compartilhadas em suas redes sociais. Mas atenção: PODE CONTER SPOILERS!
O filme, que foi dirigido por Alfonso Gomez-Rejon (Eu, Você e a Garota que vai morrer) e que será lançado pela The Weinstein Co. em 24 de novembro, sembra um pouco um teste de Rorschach. De um lado, pode ser bem sério, uma monótona lição de história, uma filme de época tradicional que é quase comicamente desenhado para agradar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. (Essas críticas são refletidas em algumas das primeiras resenhas do filme).
(…)
O que precisa ser dito sobre The Current War é que ele tem certo prestígio (suas estrelas indicadas ao Oscar Benedict Cumberbatch, como Edison, e Michael Shannon, como Westinghouse, não são pouca coisa), estilo (faz algo interessante com seu design de produção e efeitos visuais que eu não consigo descrever com precisão) e romantismo (Eu ouvi mais do que alguns ”Ooohs” e ”Ahhhs” enquanto as pessoas aprendiam certas coisas, como a maneira com a qual viemos ter a General Electric, etc., e o filme sabiamente termina voltando tudo para os filmes).
Eu não estou dizendo que The Current War dominará o resto da temporada – apenas que as pessoas não deveriam descartá-lo por causa da resposta heterogênea dos críticos.
The Current War fez sua première mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) ontem à noite. Nós fizemos a cobertura do evento ao vivo pelo Twitter e pelo Facebook, mas nada como ter tudo organizado num post!
#TIFF #BenedictCumberbatch pic.twitter.com/9lzhbCX6L4
— Linda (@lindashoare) 10 de setembro de 2017
Quanto às reações ao filme, elas foram bem polarizantes. Algumas pessoas realmente não gostaram dele, outras o adoraram. As primeiras críticas completas começaram a sair durante esta madrugada, faremos um post específico só para elas.
Benedict também já concedeu algumas entrevistas antes da exibição do filme ontem. Assim que elas forem saindo, faremos um post só para traduzi-las.
Como informamos anteriormente, a The Weinstein Company enviou o primeiro trailer de The Current War para os cinemas americanos na semana passada para que ele fosse exibido antes de Amor e Tulipas, o mais recente lançamento da companhia, que chegou por lá na última sexta-feira.
Mas foi só ontem que as redes sociais criadas para o filme anunciaram o lançamento oficial do trailer na internet. E, finalmente, ele saiu! Nós o legendamos, confiram-no abaixo:
O Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) acabou de divulgar sua programação completa, informando assim que a première mundial de The Current War acontecerá no dia 9 de setembro às 22:30 (horário de Brasília) no teatro Princess of Wales, como parte da seleção de ”Apresentações Especiais” do festival. A presença de Benedict no evento foi confirmada. Coincidentemente, será no mesmo dia e local da première de O Jogo da Imitação na edição de 2014!
Já a conferência de imprensa do filme acontecerá no domingo, 10 de setembro, às 15h (Brasília). O longa também terá exibições no domingo e na quarta-feira (13).
A página do filme no site do festival também lista Benedict e Adam Ackland entre os produtores executivos do longa (ao lado de Martin Scorsese!) e a SunnyMarch entre as produtoras!
Fonte: Programação do festival|Página de The Current War no site do festival| Lista de atores que têm presença confirmada pelo TIFF