O político aposentado de Massachusetts, interpretado por Benedict Cumberbatch, fala da cinebiografia sobre irmão Whitey Bulger, um dos maiores gângters dos EUA.
Por Jessica Heslam
O ex-presidente do Senado Estadual e Presidente da Universidade de Massachusetts William “Billy” Bulger pode não ter ideia de quem o lista A de Hollywood Johnny Depp seja, mas logo descobrirá — dizendo que espera ver “Aliança do Crime”, o filme blockbuster sobre o reino de terror de seu irmão, James “Whitey” Bulger.
“Oh sim”, Billy Bulger disse quando atendeu a porta de sua casa em South Boston ontem usando uma camisa abotoada azul e um sorriso, seu cabelo branco-prateado perfeitamente no lugar. “Tenho certeza que verei em algum ponto. Não sou muito de ir ao cinema. Não sei nada sobre ele. Imaginaria que com o tempo eu o verei.”
Bulger disse que não viu os trailers do filme, leu o livro no qual ele é baseado ou falou sobre ele com seu irmão Whitey, agora com 86 anos e cumprindo uma prisão perpétua em uma prisão federal da Florida por 11 assassinatos. Bulger disse que mantém contato com seu irmão preso “um pouquinho remotamente”, através de escrita e uma visita ocasional. Ele disse que não tem falado com ele ultimamente.
“Ele parece estar indo bem”, Bulger disse.
Quando eu perguntei se ele preferisse não ver filmes como “Aliança do Crime” serem feitos, ele respondeu, “Eu não diria isso”, e depois chamou sua esposa de 55 anos, Mary, para vir dizer olá. Ela veio para a porta da frente com um vizinho que estava visitando.
Não, Mary Bulger disse, ela não quer ver o filme.
“Eu estava pensando sobre todas as vítimas”, ela disse. “Elas não querem ver isso. Estão o inclinando do jeito deles e o estão deixando o mais violento possível.”
No filme, o galã britânico Benedict Cumberbatch interpreta Billy Bulger. Mary é uma fã de Cumberbatch e brincou que seu marido “não conheceria Johnny se caísse sobre ele.”
“É ótimo”, Billy Bulger diz da escolha de elenco de Cumberbatch com uma risada. “Não tenho ideia.”
Ele também disse que é “justo” que filmes como “Aliança do Crime” sejam feitos, mas disse que não sabe o bastante sobre o filme para “fazer um julgamento” sobre ele.
“Eles têm um direito”, ele disse. “Acho que tudo é parte da expressão livre. Eu gosto da ideia das pessoas terem uma palavra a dizer, geralmente. Tenho alguma confiança na habilidade geral das pessoas de lidar com o que quer que venha. Fomos beneficiários da nossa Primeira Emenda, então nos tornamos um pouco melhor informados ou instruídos pela virtude da expressão livre.”
Fonte | Tradução: Aline