Benedict concedeu não uma, mas duas entrevistas sobre O Grinch ao jornal americano USA Today! Além delas, que foram publicadas na semana passada, o jornal também divulgou um ensaio fotográfico novinho que fez com ele! Confiram tudo abaixo:
O Grinch: Benedict Cumberbatch se irrita com suéteres de Natal, músicas festivas tocadas repetidamente
Por Bryan Alexander
Benedict Cumberbatch é malvado, verde e preparado para rosnar alegremente durante todo o período de festas em O Grinch.
O ator inglês, de 42 anos, já havia interpretado o tipo “gênio irritadiço” antes, desde o Doutor Estranho da Marvel até o Sherlock Holmes. Mas Cumberbatch sabia que estava entrando em todo um novo nível nessa categoria ao revisitar o calculista Grinch de Como o Grinch Roubou o Natal!, do livro infantil de Theodor Seuss Geisel (também conhecido como Dr. Seuss) e do clássico especial de TV dirigido por Chuck Jones em 1966.
“Essa é a alegria: Indiretamente ou não, você sente uma alegria vendo algumas das maldades dele”, diz Cumberbatch, falando por telefone diretamente de Nova York, onde o longa de animação teve fez première na semana passada com um tapete verde-abacate. Mas também existe amor no Grinch, nesta nova versão (estreia nos cinemas na sexta-feira). O USA Today conversou com um Cumberbatch surpreendentemente animado sobre doar casacos de Natal, dirigir como o Grinch e sobre o que o deixa louco no período de festas.
Pergunta: Atores sensíveis odiaram receber uma ligação e ouvir “Você é o Grinch perfeito!”. Como que foi isso?
Benedict Cumberbatch: Eu tenho meus momentos. Mas, eu pensei “Jesus, é um pouco cedo pra ser chamado de Grinch, né?”. Uma das minhas primeiras perguntas, de verdade, foi ”por que eu?”. Eles disseram ”Nós amamos a sua voz”. Então eu fiz uma voz de Grinch para eles, bem animalesca e com sotaque americano. Eles falaram ”Não, nós queríamos com a sua voz”. E então eu entendi. Eles viram uma correlação entre escalar Benedict Cumberbatch como o Grinch. Eles viram o Sherlock, os personagens fora dos padrões, sem muitas habilidades sociais, que podem ser rudes ocasionalmente. Eu disse ”Talvez eu não seja o cara certo”. Eu tive que manter minha posição: “Vocês não podem lançar um filme com um Grinch inglês. Ele precisa ser americano”.
P: Seu argumento é abalado pelo fato do ator inglês Boris Karloff ter dublado o Grinch no clássico especial de TV com um sotaque britânico?
Cumberbatch: Ele fez isso? Eu não vi o original. Eu amei o livro, mas não vi nenhuma das outras versões (nem o especial de TV, nem o filme de 2000 estrelado por Jim Carrey). Agora que eu não corro o risco de elas influenciarem o meu trabalho, quero muito vê-las. Mas há alguma coisa classicamente americana no esquema de rimas que se encaixa melhor num sotaque americano.
P: As pessoas entendem que o ethos do Grinch é louvável em algumas áreas, como seu posicionamento contra o comercialismo no Natal?
Cumberbatch: A história mostra que ele está certo e errado. Mas quando você começa a roubar brinquedos de crianças, a coisa não dá muito certo. É uma coisa difícil de engolir no Natal.
P: O Grinch oferece a liberdade de ser rabugento durante o período de festas?
Cumberbatch: Há coisas que vão colocá-lo para baixo. Eu trabalhei numa loja durante a temporada de Natal, com as músicas natalinas tocando sem parar. É de enlouquecer. E seu espírito natalino é realmente, realmente testado. Eu não sou tão apaixonado por Natal como os Quêm na Quemlândia. Mas não sou tão rabugento em relação a ele quanto o Grinch. Eu estou em algum meio termo feliz, inglês e cínico em relação à coisa toda.
P: O que neste período festivo desperta seu Grinch interior?
Cumberbatch: O plástico definitivamente me irrita no Natal, com a quantidade de desperdício e as alegrias de curta duração. Além disso, eu sou um ser humano que dirige. Todo mundo pode se perder em seu próprio mundo e se sentir como se estivesse dirigindo no Monte Espicho e que o mundo é o problema. Eu posso ficar rabugento dentro de um carro. Eu fico bem rabugento quando estou com fome ou com jet-lag. Acontece. Mas a verdade é que eu não tenho muitos motivos para ficar rabugento. E eu amo o Natal pelos motivos que são celebrados neste filme.
P: Você chegou a usar a desculpa de ser o Grinch, ficou rabugento durante as gravações e disse que foi por causa do personagem?
Cumberbatch: Eu me preparei para isso ficando bem rabugento por fazer outra sessão de gravação, dizendo a mesma fala 500 vezes. Isso é o suficiente para colocá-lo no espírito do Grinch. Mas foi sempre uma alegria entrar no estúdio de gravação no Soho. Sempre tinha uma dose de alguma coisa verde com um pouco de gengibre, coisa de café da manhã saudável. Eu bebia uma para entrar no espírito da coisa, descia as escadas com um sorriso no rosto e então começava a trabalhar.
P: O Natal é uma ótima época para vilões. Qual é o seu favorito?
Cumberbatch: Hans Gruber em Duro de Matar. Para mim, é um filme de Natal.
P: Uma controvérsia natalina! Tem outros?
Cumberbatch: Bill Murray em Os Fantasmas Contra-Atacam. Um maravilhoso anti-herói, ao invés de vilão. É um filme ao qual eu posso assistir toda vez que passa na TV e tem um das minhas cenas finais favoritas num filme, com Put A Little Love In Your Heart. Ótima música.
P: Você interpretaria o Scrooge?
Cumberbatch: Já me ofereceram o papel no passado. Eu não deveria falar sobre ofertas. Talvez. É uma história que já foi contada várias vezes. De forma superlativa.
P: Você já usou um suéter de Natal?
Cumberbatch: Nunca. Bom, não de forma consciente. Não desde que eu comecei a me vestir sozinho e a ter controle do meu guarda-roupa.
P: Então você é contra o suéter de Natal?
Cumberbatch: Eu não contra o suéter de Natal. Eu apenas prefiro que outras pessoas sejam vistas como alvos enquanto andam na rua.
P: Que mantra o ajuda a lidar com o período de festas?
Cumberbatch: Falta apenas (preencha o número) dias. Não, para ser sincero, eu trabalhei tanto nos últimos períodos festivos que eu só procuro pensar no ouro no final do arco-íris: família e amigos no mesmo lugar, nenhum outro compromisso. Este é o único presente de Natal que eu poderia querer esses dias.
Ele basicamente fala que:
Tradução: Gi | Fonte