A BBC publicou hoje entrevistas com o elenco e os autores de Sherlock falando sobre a quarta temporada, que estreia dia 1 de janeiro. Leia aqui a tradução da entrevista com Benedict:
Qual é a sensação de colocar novamente o famoso casaco do Sherlock depois de vestir um traje vitoriano?
É adorável colocar o célebre casado de novo, ao contrário do colarinho engomado e do terno, mas ao mesmo tempo, estamos gravando no meio do verão então está bem quente toda vez que coloco o casaco! É parte de quem ele é, parte de seu conjunto e de sua armadura.
Como nós encontramos Sherlock, John e Mary no começo da quarta temporada?
Há muitas coisas novas acontecendo, por exemplo tem um bebê! Então responsabilidades parentais se apresentaram para os super detetives! Cuidado com crianças nunca é fácil mas fica ainda mais complicado quando o crime está envolvido.
John e Mary são novos pais, como Sherlock se sente quanto a isso?
Eu acho que Sherlock se sente muito protetor em relação a eles como família, mas ele não um natural ou uma figura de autoridade quando se trata de um recém-nascido. Eu espero que minhas habilidades e interação com o meu sejam um pouco mais engajadas do que as dele são! Ele é aparentemente indiferente o que é cômico por vezes mas é tudo sustentado por um amor profundo e ele é mesmo um anjo da guarda.
Como você criou sua própria versão de Sherlock Holmes?
Sherlock não é apenas Sherlock, ele foi um bebê, depois um adolescente, depois um jovem adulto, e depois o homem de 30 anos que você conheceu na Temporada Um, Episódio Um. Nós sabemos que ele tem um irmão chamado Mycroft e pais mas como diabos era a infância dele? Eu queria saber toda essa informação muito cedo porque você está interpretando o maior e mais adaptado detetive ficcional de todos os tempos. Você precisa ter uma história de fundo para trabalhar como um ator porque o que você está fazendo além de emular certos ares e graças e maneirismos? O que eu tento fazer é sustentar todas essas decisões com um entendimento informado de quem meu personagem é.
O que é tão atraente em interpretar o personagem de Sherlock?
Qualquer que seja a escala na qual estou trabalhando como ator trata-se de contar histórias interessantes e me perder em uma experiência. Existe um grau de conforto em voltar a algo que você conhece, é legal reunir a banda e interpretar certos aspectos dele. Eu não volto muito para papéis, mesmo este tem sido apenas doze episódios e um especial até agora, nós não fizemos tantos assim.
A escala de Sherlock é sempre, em ambição, tão grande quando qualquer coisa ou qualquer outro tipo de formato. A renderização final do que produzimos é muito fílmica e de muita alta qualidade e isso está dizendo alguma coisa porque não é apenas baixo orçamento quando se trata de no que os designers em cada departamento têm que trabalhar em comparação a um filme garante mas é também a quantidade de trabalho no qual temos que aperfeiçoá-lo.
Dizem para nunca trabalhar com crianças ou animais, na temporada quatro você trabalhava com os dois, o que você achou disso?
Nós tivemos um cachorro interessante no primeiro episódio. Ele era muito doce mas tinha um pouco de medo de estar no centro da cidade, medo de pessoas demais e não [era] ótimo em superfícies duras. Nós estávamos no Borough Market, com muitas pessoas em volta, no concreto e asfalto. Corta para Amanda literalmente puxando um cão de caça por Londres que deveria puxá-la por Londres. Foi divertido.
Os bebês têm sido incríveis, eu sou um pai e sei como é difícil colocar qualquer coisa em sintonia com o horário de um bebê. Isso coloca você foque no momento e impede que você seja perfeccionista quanto ao seu trabalho. Eu amo esses elementos que o tornam mais difícil.
O quanto do temperamento de Sherlock é impulsionado pelas aparente inadequações de outros ao invés de seu próprio desejo por perfeição?
Estranhamente, eu acho acho que o temperamento de Sherlock é mais moldado pelo fato de que ele é humano e tentando ser super-humano. A quantidade de coisas que nós chamamos de civilização educada é uma grande distração para este homem que tem que pensar em um nível inigualável de complexidades. Não é bem que o mundo seja estúpido, é que para ele ser inteligente ele tem que afogar muito barulho e com o que ele fica permanentemente surpreso, e o que eu acho que é sua verdadeira fraqueza, é às vezes não ver o que está bem na frente dele. O ponto cego dele é bem aquela coisa da qual ele propositadamente vira a cabeça para ser tão bom quanto é como um detetive. Então é um relacionamento complexo que ele tem com o mundo. Ele precisa que ele [o mundo] seja assim para conquistá-lo mas ao mesmo tempo a maneira com que se envolve com ele muitas vezes o cega para o mais óbvio. Isso é ótimo do ponto de vista de uma história porque as pessoas não veem coisas porque ele não as vê. A estupidez dele também é o brilho do mundo que é por isso que existem coisas, pessoas e eventos, que o surpreendem. Ele não é inumano, ele é humano e é falível.
Tradução: Aline | Fonte