Pernille Norregaard, dona do blog The Divine Writer, faz uma análise interessante de uma de suas maiores inspirações na hora de escrever: Benedict Cumberbatch.
5 coisas que Benedict Cumberbatch pode te ensinar sobre autenticidade
Como escritores nós obtemos inspirações de todos os tipos de lugares. Às vezes a inspiração está diretamente relacionada à sua escrita, mas muitas vezes não está. Eu obtenho inspiração de outras pessoas. É incrível o que você pode aprender ao observar como outras pessoas são no mundo.
Uma das minhas grandes inspirações nos últimos anos foi Benedict Cumberbatch.
Agora, eu sei que Benedict Cumberbatch não é escritor; ele é ator. Mas tudo bem. Me inspiro muito em outras pessoas em outras áreas criativas.
Uma das coisas que gosto em Benedict Cumberbatch é sua autenticidade, e você pode usá-lo como inspiração em sua escrita. Deixe-me contar como.
1. O foco dele está no trabalho – não no hype, fama ou fãs
Ser um escritor se trata de se sentar e escrever todo dia. Não se trata de festas de lançamento, turnês de livros, entrevistas ou premiações. Se trata de aparecer, focar na página na sua frente, e fazer o trabalho.
Nos últimos anos Benedict desfrutou um sucesso enorme, mas não pense por um minuto que ele é um sucesso de um dia para o outro. Ele passou 10 anos trabalhando e aperfeiçoando sua habilidade depois de receber seu diploma de atuação ANTES de pousar no papel em Sherlock que o catapultou ao estrelato.
Benedict é conhecido por sua ética de trabalho e dedicação à profissão, um fato que seu coadjuvantes muitas vezes apontam em entrevistas.
2. Ele gosta de se desafiar e está muito consciente de não representar o mesmo tipo de papel
É muito fácil cair em um boa rotina com nossa escrita. Escrevemos as coisas que vêm fácil para nós. As coisas que sempre fazemos. E enquanto eu respeito totalmente o poder de aperfeiçoar um certo gênero (olhe para Stephen King), isso pode nos levar a cair em uma rotina.
Criatividade se trata de inovação. Se trata de se desafiar ao sair da sua zona de conforto.
Benedict Cumberbatch seria fácil de ser de um só papel. Ele tem a aparência e o sotaque de um aristocrata britânico. E sim, ele fez alguns desses papéis, mas também interpretou gênios (Sherlock e Stephen Hawking), vilões sérios (Star Trek), malvados engraçados (Os Pinguins de Madagascar), um herói de guerra (Parade’s End), um espião (O Espião que Sabia Demais), uma rainha (Sonho de Uma Noite de Verão) e um dragão (O Hobbit).
Muitas vezes ele menciona em entrevistas que está sempre procurando um desafio – um papel no qual nunca trabalhou antes.
3. Ele não leva adulação (ou elogio) muito a sério; ele só faz o dele
Receber elogio é ótimo, certo? Eu tenho que admitir que adoro. No entanto, tenho não levá-lo a sério demais. Eu sorrio, agradeço e continuo com o meu trabalho. Eu sei que não se trata de mim (como os haters também não têm a ver comigo). Benedict também.
Numerosas revistas o nomearam o Homem Mais Sexy/Mais Influente/Melhor Conectado/Mais Criativo do Ano. Ele sempre os agradece, mas nunca leva a sério. Ele diz que se trata dele, mas sim um elogio ao trabalho que faz.
Ele percebe que o elogio e a crítica são uma projeção. Seu foco está no trabalho. O trabalho é o que importa. Como sua escrita é o que importa, não a honra.
4. Ele tem uma linha clara entre sua personalidade pública e sua vida particular
Ser autêntico não quer dizer que você tem que dar para seu público TUDO de si. Você tem direito a uma vida particular. Você pode ser autêntico sem expor tudo.
Tudo o que ser autêntico significa é ser verdadeiro ou natural. No existencialismo, a autenticidade é o grau ao qual alguém é fiel a sua própria personalidade, espírito ou caráter, apesar das pressões externas.
Benedict Cumberbatch sempre foi muito protetor de sua vida particular e seus relacionamentos. Ele está focado no trabalho e pode falar dele por horas, mas não conta tudo para as pessoas. Ele se certifica de que tem alguma coisa que é só dele.
Ser autêntico em sua escrita NÃO significa que você tem que deixar tudo aparecer. Você deve mostrar seu verdadeiro você, mas não você todo.
5. Ele não tem medo de mostrar seu lado pateta
Se lembra do Oscar 2014 e photobomb com o U2? Benedict sabe que o trabalho não é tudo na vida – às vezes você precisa dar uma boa risada.
Mesmo que você escreva sobre um tópico sério, não há problema em ser engraçado de vez em quando. Não estou dizendo que você tem que ser um comediante, mas suavize um pouco. Muitas vezes uma história boba sobre você é um jeito ótimo de mostrar autenticidade.
(Muitas vezes eu conto a história da vez em que dei aula para minha primeira turma, e me envergonhei completamente nos primeiros cinco minutos. Nós tínhamos acabado de começar, e eu estava tentando colocar um posto no quadro branco com alguns ímãs. Deixo um dos ímãs cair e começo a procurar no chão até perceber que não deixei cair no chão, mas no meu decote.)
Eu adoraria ouvir quem inspira você em sua escrita. Compartilhe nos comentários. E para crédito extra me conte uma história boba sobre si mesmo.
Feliz escrita,
Pernille.
Fonte | Tradução: Aline.